Roger Schmidt surpreendeu e fez oito mexidas no onze inicial, entre jogos europeus, mas a equipa respondeu bem, apesar de espaços menos conseguidos na 1ª parte, e venceu o Moreirense por 3-0. Além de ter conseguido descansar os titulares, Roger Schmidt viu jogadores confirmarem que merecem mais minutos no futuro. Entre jogos europeus, Roger Schmidt promoveu uma autêntica revolução no onze inicial, que foi desde a baliza à frente de ataque e teve apenas como «sobreviventes» Bah, João Neves e David Neres. Do outro lado, por sua vez, Rui Borges promovia como novidades as chamadas de início de Ofori e Alanzinho, regressados de lesão. 🔴Benfica chega aos 100 golos nesta temporada e há 6 épocas consecutivas que marca pelo menos uma centena de golos.
As 🦅águias estão com uma média de 2 golos/jogo, registo que mantêm há 10 temporadas consecutivas. pic.twitter.com/KrfMhmrCjX Perante tamanha revolução imposta por Schmidt no onze inicial, havia muita curiosidade para perceber que dinâmicas apresentaria o Benfica e percebeu-se a intenção de dar continuidade a certos comportamentos habituais, embora com algumas mudanças nos movimentos ofensivos. Tiago Gouveia era quem mais se aproximava de Rafa Silva, mas Kokçu trazia um médio ofensivo mais pensador e fixo, o que obrigava os extremos a maior iniciativa. Na esquerda, Carreras trouxe movimentos de largura mais dignos de um lateral de raiz, bem distintos dos habituais de Aursnes, o eterno adaptado. Do outro lado, no entanto, estava um Moreirense que não vinha à Luz para se apequenar. Os comandados de Rui Borges começaram por mostrar-se pacientes sem bola, não assumindo, no entanto, um bloco baixo, e deram alguma iniciativa, mas com o passar dos minutos começaram a subir linhas e intensidade de pressão, o que causou dificuldades e até assustou, com alguns erros na construção do Benfica (Samuel Soares bastante nervoso com os pés). Apesar dessa pressão e sustos, o Benfica voltou a mostrar que tem intervenientes exímios para jogar na transição e fez dessa uma arma letal, chegando ao golo inaugural, aos 18', dessa forma, com Tiago Gouveia a servir Kokçu para o 1-0. O turco começava a ser perdoado pelos adeptos. A perder, o Moreirense intensificou esse pressão e aproveitou a diminuição de ritmo adversário para crescer na partida, com um belo trabalho do seu miolo - Alanzinho, Ofori e Gonçalo Franco -, ao ponto de Alanzinho acertar mesmo no poste, aos 34', num lance de passividade adversária. Kokçu fez pazes com os adeptos @Kapta+ Com esta vantagem nas mãos, Schmidt continuou com a rotação profunda da equipa - algo tantas vezes que lhe era criticado - e fez entrar ao intervalo António Silva, Florentino e ainda Rollheiser, finalmente a ter minutos mais «a sério». Desta vez, no entanto, o Moreirense estava bem menos intenso na procura da recuperação de bola e o Benfica parecia ter o jogo no seu controlo, o que potenciou uma maior calma encarnada na posse. O Benfica crescia com bola, criava algumas boas chances e mostrava uma dinâmica interessante na frente de ataque. O público da Luz gostava, aplaudia e sentia-se um ambiente bem distinto do vivido nas últimas semanas. A Luz parecia fazer, pouco a pouco, as pazes com a equipa, pelo menos enquanto vencia e entretinha. Do outro lado, o Moreirense parecia permitir este crescimento, já com bem menos fulgor ofensivo, talvez devido a algum cansaço ou ao resultado em mãos. Benfica controlou 2ª parte @Kapta+ O resto do jogo acabou por ser uma mera formalidade, mas contou ainda com o momento de tréguas entre Kokçu e a Luz, aquando da sua saída, e ainda da estreia pela equipa principal do jovem lateral Diogo Spencer, também ele fortemente aplaudido. O Benfica venceu e ficou provado que tem soluções, para o futuro, mas também presente.Uma águia letal
Gestão positiva