O concurso público referente ao primeiro troço da linha foi ganho por um consórcio liderado pela Mota-Engil, ao passo que o segundo troço foi recentemente colocado a concurso. Isto numa altura em que já é conhecido o financiamento da UE para a totalidade do projeto.
A Comissão Europeia aprovou, esta quarta-feira, o financiamento de 813 milhões de euros para o troço de Alta Velocidade que vai ligar Porto a Lisboa. Isto no mesmo dia em que o primeiro-ministro avançou com a informação de que o Governo lançou “a segunda parceria público-privada para a ligação Lisboa-Porto-Vigo entre Oiã e Soure”.
Assim sendo, importa perceber o que já se sabe e o que ainda está para vir neste tema, desde concursos públicos a financiamentos.
O que já está aprovado para o primeiro troço, mais concretamente a ligação Porto-Oiã?
Na semana passada, foi sabido que um consórcio liderado pela Mota-Engil ganhou o concurso público para o troço entre a cidade do Porto e Oiã, no distrito de Aveiro. Em causa está o primeiro troço daquela que será a linha de Alta Velocidade que vai ligar o Porto a Lisboa.
O concurso público foi lançado pelo anterior Governo, em janeiro, tendo sido apresentadas três propostas. A do referido consórcio, que integra a Mota-Engil e cinco outras construtoras nacionais, saiu vencedora como foi sabido na quinta-feira da semana passada, pelo que vai caber ao mesmo iniciar aquela linha férrea.
Que mais se sabe até à data sobre os troços seguintes?
Foi já mais recentemente que o primeiro-ministro indicou o lançamento de mais uma parceria público-privada, referente ao segundo troço da linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa.
Esta quarta-feira, Luís Montenegro referiu, no Parlamento, que o Conselho de Ministros aprovou, no dia anterior, o lançamento do concurso público para a construção que fará a ligação entre Oiã e Soure, no distrito de Coimbra.
Ficam portanto a faltar os troços seguintes, até completar a ligação Porto-Lisboa.
Qual o financiamento que chega da União Europeia para estas ligações e quais são os principais objetivos deste investimento?
Foi também esta quarta-feira que a Comissão Europeia aprovou um financiamento de 813 milhões de euros em fundos europeus para o troço de Alta Velocidade que vai ligar Porto e Lisboa. Em causa estão os fundos atribuídos ao Mecanismo Interligar a Europa e dizem respeito ao segmento de Oiã a Soure.
O financiamento destina-se “à construção da primeira fase de uma nova linha ferroviária da Alta Velocidade entre Lisboa e Porto, com 142km de extensão em obras ferroviárias e 51km de novas ligações de via única”, assinala-se em Bruxelas. De recordar que nos planos está a criação de uma ligação de 1 hora e 15 minutos entre as duas cidades.
Em causa está a promoção da “transferência modal do rodoviário e aéreo para ferroviário, contribuindo para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e para melhorar a qualidade e interoperabilidade da rede”, reitera a Comissão.
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