“Os mais de seis mil trabalhadores diretos do Grupo Altice Portugal não são somente contribuintes fiscais”, criticou a STPT. A associação sindical revelou grande preocupação com a possível venda fracionada dos ativos do grupo, como já foi admitido pelo Governo.
O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice Portugal (STPT) manifestou preocupação junto do Governo tendo em conta que o Executivo não terá colocado problemas à possibilidade dos diferentes ativos do Grupo Altice Portugal serem vendidos em separado.
Numa carta aberta dirigida a Mário Campolargo, secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, o sindicato manifesta grande preocupação face a declarações do governante ao “Negócios” em que este afirmou que a venda separada “é uma tendência que se tem vindo a verificar” quando mais tarde referiu que “o potencial fracionamento dos ativos da Altice Portugal é visto pelo Governo com alguma preocupação”.
Na carta dirigida ao governante, o sindicato critica “a visão puramente economicista do gabinete de V. Excelência, relativa aos impactos daquela venda a retalho, pois ignora, de todo, a necessidade do envolvimento dos representantes dos trabalhadores e da Autoridade das Condições de Trabalho no processo de venda”.
“Os mais de seis mil trabalhadores diretos do Grupo Altice Portugal não são somente contribuintes fiscais, sendo também merecedores da preocupação de V. Excelência quanto à proteção das suas condições de trabalho no negócio ou negócios anunciados”, realçou a associação sindical.