​Alzheimer entre as doenças "degenerativas" mais comuns nas prisões

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15 out, 2024 - 06:00 • Liliana Monteiro

Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais não tem contabilizados doentes com Alzheimer, mas admite que é umas das demências mais significativas nas prisões.

Quantos reclusos com a doença de Alzheimer existem no sistema prisional? Esta é uma questão que a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) não sabe responder.

“O sistema de informação de saúde da DGRSP não permite fazer o levantamento imediato do número de casos de doença de Alzheimer ou de patologias semelhantes. A especificação dos valores por doença é particularmente difícil de estabelecer atendendo à permeabilidade e entrecruzamento que se estabelece neste tipo de patologias”, diz a Direção-geral em resposta à Renascença.

No entanto, o sistema prisional diz que as “demências constituem uma expressão clinica de várias entidades patológicas, de entre as quais a mais prevalecente é a doença degenerativa primária, seguida da demência vascular”. E é aqui que entra a doença de Alzheimer, “de entre as demências degenerativas primárias, a doença de Alzheimer é a mais frequente, seguida da doença de Parkinson”.

O gabinete de comunicação da DGRSP sublinha que “todos os reclusos que sofrem de doença neurológica incapacitante são colocados, sempre que possível e tomando em consideração o seu grau de dependência, em unidades orgânicas que disponham de prestação de cuidados de saúde com horário alargado ou mesmo nas 24 horas".

"Estas unidades orgânicas são as que têm valências clinicas e de enfermagem com possibilidade de internamento, como sejam o Hospital Prisional, o estabelecimento Prisional de Lisboa, o Estabelecimento Prisional do Porto, o Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira e os Estabelecimentos Prisionais de Santa Cruz do Bispo, quer o masculino quer o feminino.”

Garante ainda a direção máxima das prisões que “todos os estabelecimentos prisionais dispõem de médicos de clinica geral e psiquiatras que acompanham estes doentes e articulam com os hospitais do SNS as consultas de especialidade, nomeadamente neurologia, necessárias”.

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