Amadora-Sintra foi a casa desta mãe e dos seus trigémeos durante 86 dias

8 meses atrás 79

Thauana tem apenas 31 anos mas conta já com uma vida que não cabe em três décadas. Apesar do sofrimento lhe ter batido à porta, pouco depois de saber que estava grávida, o seu enorme sorriso faz com que a dor com que lidou no último ano pareça mais fácil de levar do que realmente deve ser.

A "extraordinária" história da jovem brasileira, que vive em Portugal desde os oito anos, é contada esta sexta-feira, pelo Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), conhecido também por Amadora-Sintra.

No último ano, Tauana foi posta à prova, mas como ela própria refere "Deus dá o frio conforme o cobertor". E ela mostrou ser capaz de suportar e superar "muita sofrência".

Semanas após saber que estava grávida não de um mas de três bebés, o noivo, por quem era perdidamente apaixonada, morreu. Tauana tentou manter-se, dentro das possibilidades, à tona do sofrimento, pela vida dos filhos de ambos. Contudo, a gravidez tinha pouco mais de seis meses quando a vida lhe pregou outra partida. Os bebés corriam risco de nascer naquele preciso momento porque o seu útero "era muito pequeno".

No dia em que foi internada, Tauana que tinha sonhado ter os filhos num hospital privado, nas Caldas da Rainha, onde mora, mas que já estava a ser seguida pela Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, por ser "inviável uma gravidez trigemelar ser acompanhada no setor privado", foi transferida para o Amadora Sintra, "porque era o hospital onde havia vaga e os bebés estavam em risco de nascer a qualquer momento".

"No próprio dia em que cheguei fui logo para o Bloco de Partos para reverter as contrações: remédios, cateteres, algálias, repouso absoluto numa cama, para conseguir aguentar esta gravidez!", contou na entrevista dada ao HFF, enquanto embalava um dos filhos, Mateo.

Além dele, também Luca e Noah, que nasceram prematuros, são os três milagres de Thauana. A jovem fez do Amadora-Sintra a sua segunda casa durante 86 dias.

Prestes a ter alta desta longa e desafiante viagem, Thauana mostrou-se muito agradecida aos profissionais de saúde por terem salvado os seus meninos e por terem sido 'colo'.

"Se as pessoas tivessem a noção do trabalho que é realizado nos hospitais, do que os profissionais fazem para salvar as vidas destes seres tão pequeninos, e do apoio e consolo que dão a quem atravessa estes momentos... No Natal dei um chocolate a todos, mas mesmo todos os profissionais da Obstetrícia e da Neonatologia: médicos, enfermeiros, auxiliares, pessoas que trabalham na copa, pessoal da faxina... Mas se eu tivesse possibilidade, eu dava-lhes ouro – porque é, realmente, o que estes profissionais merecem!", descreveu a jovem, visivelmente agradecida.

Leia Também: Inglaterra. Bebé nasce em parque de estacionamento de hospital

Todas as Notícias. Ao Minuto.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online.
Descarregue a nossa App gratuita.

Apple Store Download Google Play Download

Ler artigo completo