Amanhã é ‘Blue Monday’. Oito em cada dez pessoas limitam tempo nos ecrãs para fugir a depressões

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Esta segunda-feira, 15 de janeiro, é considerado o dia mais infeliz do ano. Saiba porquê e como os adultos europeus se estão a proteger com truques no telemóvel, segundo os especialistas da Kaspersky.

Amanhã é Blue Monday (ou “Segunda-feira Triste”). É considerado dia mais deprimente do ano devido ao facto de ser o primeiro dia útil da semana, o clima estar frio e chuvoso, à falta de horas de luz do dia, ao tempo decorrido desde o último dia de pagamento de salários e ao fim das festividades de Natal e réveillon.

Neste 15 de janeiro, não só o fim da semana parece longínqua como o pagamento do ordenado ou mesmo os solstícios de primavera e verão. Confrontada com esta realidade, a empresa de cibersegurança Kaspersky foi tentar perceber se estamos a evitar a realidade através da tecnologia ou estamos a utilizar a tecnologia para evitar a realidade.

Num estudo sobre hábitos digitais, através de um inquérito online a cinco mil adultos europeus com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos, realizado entre novembro e dezembro de 2023, a Kaspersky e a Arlington Research concluíram que a maioria das pessoas (80%) das pessoas limita a exposição aos ecrãs para evitar o confronto com realidades digitais depressivas.

Cerca de um terço (32%) bloqueou contas nas redes sociais que não lhes traziam felicidade, 25% desativou as notificações push em sites de notícias e outros 23% silenciou as mensagens em grupos que lhes causavam perturbações. Mais: quatro em cada dez (42%) participantes disse que este ano é mais provável que recorram ao escape digital para evitar deprimência no quotidiano.

“Os riscos para a saúde mental associados à constante utilização das redes sociais e ao ciclo de notícias há muito que estão documentados, tal como os potenciais efeitos a longo prazo do isolamento social, desencadeados pela pandemia. Por isso, é ótimo ver que as pessoas estão a tomar medidas ativas para controlar melhor as suas vidas digitais. Gostaria muito que esta tendência se mantivesse, com as pessoas a retomarem o controlo da sua vida online e da informação que recebem e partilham digitalmente”, afirmou David Emm, investigador sénior de Segurança na Kaspersky.

A vontade de “desligar” é ainda mais evidente na Geração Z, que abrange quem nasceu no início dos anos 2000 até 2010, porque 61% afirmaram que esperam utilizar mais o escape digital nos próximos meses, acima dos 34% da Geração X e 24% dos Baby Boomers. Ademais, 91% tomaram medidas para limitar a sua exposição a informações perturbadoras, superior aos 75% da Geração X e aos 65% dos Baby Boomers.

“O novo ano é uma ótima altura para uma limpeza: encerrar contas não utilizadas que possam estar comprometidas, verificar se as passwords apresentam sinais de fraqueza/compromisso e rever a forma como interagimos com os canais, as aplicações e as pessoas, estabelecendo novos parâmetros e limites saudáveis”, sugere o especialista da empresa de cibersegurança.

“Blue Monday”. Será o dia mais triste do ano um esquema de marketing?
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