Amazon deu mil milhões pelo Twitch. Dez anos depois, plataforma continua sem ser rentável

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A Amazon apostou numa plataforma que estava em altas em 2014, querendo fazer dela algo maior. Hoje continua conhecida, mas contas mantém-se no ‘vermelho’. Estará a Amazon a falhar nas suas aquisições?

A Amazon é conhecida por ser uma gigante do comércio digital, mas também por ter um diversificado portefólio de investimentos. Exemplo disso foi a compra do Twitch, uma plataforma de live streaming, em 2014.

Volvidos 10 anos da aquisição, na qual a Amazon desembolsou 970 milhões de dólares, o Twitch perdeu terreno e não há sinais que seja um negócio lucrativo. O objetivo era competir com as restantes redes sociais, nomeadamente Youtube e Instagram.

Apesar da popularidade, que se mantém estável com números elevados, o Twitch não é rentável e o CEO da plataforma, Dan Clancy, já tinha falado sobre isso no início do ano.

No ano passado, a empresa despediu 400 pessoas e anunciou ainda mais 500 despedimentos este ano, o correspondente a 35% da força de trabalho. Dan Clancy voltou a reforçar a sua posição: o Twitch não é rentável. “Estamos a ajustar a nossa empresa com base na escala atual da empresa e nas previsões conservadores de como esperamos crescer no futuro”, explicou ao abordar os despedimentos.

Apesar de todos os despedimentos e do facto da plataforma não ser rentável, o responsável admitiu que a Amazon tem sido um apoio extremo. “O mais importante para sermos sustentáveis a longo prazo é garantir que não perdemos dinheiro”.

Na altura da aquisição, no longínquo ano de 2014, a Amazon viu no Twitch a sua porta de entrada no mundo dos videojogos, considerando a plataforma como um poderoso incentivo para a empresa apostar mais nesta cultura e ainda a promoção de serviços usados por jogadores.

A Alphabet e a Amazon estiveram na mesma corrida pela plataforma, sendo que a dona da Google teria oferecido mais dinheiro. No entanto, os responsáveis do Twitch optaram pela Amazon para não ficar atrás do Youtube (detido pela Google), sendo que a empresa de Jeff Bezos tinha mais plataformas para o ajudar a crescer.

Rentabilidade parece não ser problema para a Amazon

A verdade é que a Amazon parece não ser grande fã da rentabilidade (até certo ponto). Exemplo disso mesmo é a divisão da Alexa e dos dispositivos Echo, que empurram as contas da gigante para o ‘vermelho’ há 10 anos.

Mas como tudo gira à volta de mudanças, e uma década depois, a Amazon está pronta para colocar as contas no ‘verde’, estando mesmo a estudar afincadamente criar uma subscrição mensal para a Alexa. Entre as vantagens estão conversas mais naturais e a compreensão por parte da assistente virtual, bem como a escrita de e-mails ou efetuar encomendas nas plataformas digitais.

No entanto, a Alexa deverá manter uma versão gratuita, para manter alguma satisfação no mercado.

Lembrar que o fundador da Amazon foi amplamente criticado por a plataforma ter as contas a negativo durante vários anos, com muitos a denegrir a imagem da Amazon, hoje um dos gigantes da tecnologia com um valor de mercado superior a dois biliões de dólares.

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