Amor pelos B's

Com um golo (golaço) decisivo de Namora, a UD Oliveirense voltou a vencer uma equipa B - desta feita, o FC Porto (0-1) - e somou a segunda vitória consecutiva na Segunda Liga, algo que não acontecia desde agosto. Com este resultado, os B's azuis e brancos descem para o oitavo posto (40 pontos), enquanto a equipa de Oliveira de Azeméis afasta-se da zona de despromoção (30 pontos).

Em relação ao jogo, no primeiro tempo, equilíbrio total. Apesar de ofensivas, ambas as equipas revelaram algumas dificuldades no momento da definição e o marcador não sofreu quaisquer alterações. Os portistas começaram melhor e estiveram por cima durante os primeiros 25 minutos, contudo, a partir daí, a equipa de Oliveira de Azeméis acordou e obrigou Diogo Fernandes a uma belíssima intervenção.

Depois de dois remates perigosos de Jorge Meireles e Wendel - ambos, não obstante, não obrigaram Macedo a qualquer defesa -, Zé Leite teve, aos 30', a melhor oportunidade da primeira parte: após passe exímio de Michel, o médio ofensivo surgiu isolado na cara de Diogo, mas o jovem luso - atento e bem posicionado - defendeu. Entremeio, ao minuto 20, a equipa visitante sofreu um revés: André Santos lesionou-se e Chéu colocou Schürrle ainda antes da meia hora.

Namora encontrou o caminho

No segundo tempo, a história do jogo mudou. Depois do bom remate de Wendel no primeiro minuto, o FC Porto B criou um total de ZERO oportunidades no segundo tempo. A Oliveirense, de resto, assumiu o controlo das operações e o golo surgiu com tranquilidade. Antes disso, de sublinhar a inspiração de Zé Leite no momento do passe, ainda que Michel Lima e Sangaré não tenham respondido da melhor forma.

Michel desperdiçou três grandes oportunidades em cinco minutos (!), enquanto Sangaré, no primeiro toque que deu no jogo, disparou - isolado na cara de Diogo - ao lado.

De forma mais improvável, aos 60', Frederico Namora - na ressaca de um canto -, fez, no entanto, um dos golos da jornada. De fora de área, o lateral rematou de primeira, em queda, e desbloqueou o marcador. Até final, António Folha esgotou as substituições, mudou de sistema, mas a organização e sagacidade visitante impediu quaisquer perigos para a baliza de Macedo e segurou o 0-1 até ao apito final.