Ana Cabecinha despede-se dos Jogos em lágrimas: "A medalha está lá fora"

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O que sentiu: Foi muito difícil em todos os sentidos. A nível físico, porque não me preparei. Como é óbvio, em dois meses e meio não se prepara uma prova de 20 quilómetros, muito menos depois de ter sido mãe. O meu intuito sempre foi começar e acabar, nunca foi o resultado de ficar em nenhum lugar. Parti com esse cuidado, mas claro que, depois dos 15 quilómetros, foi muito sofrido. Depois de cada volta ver o meu bebé na parte de fora do percurso deu-me motivação extra para fazer mais uma e outra volta. Conclui os meus quintos Jogos Olímpicos, não da melhor maneira, como tínhamos previsto no início da época, mas foi o que se pôde arranjar. Estou muito feliz. A minha medalha está fora deste percurso.

Últimos Jogos Olímpicos: Foram os meus 20 últimos quilómetros de marcha, o meu último sino em grandes campeonatos. As últimas três voltas foram muito difíceis a nível emocional, porque é difícil. São 28 anos, mas estou muito feliz, acabei da melhor maneira.

Terminou em lágrimas: É muita emoção, são muitos anos, muitos grandes campeonatos a estar na frente. Hoje, foi só desfrutar e ver a prova, e gerir as emoções na reta final. Sabia que me ia emocionar, porque é uma despedida e é sempre duro.

Aplausos: Foi muito importante, é uma grande ajuda. É um reconhecimento de todo o mundo pelo meu trabalho até ao dia de hoje.

Bebé Lourenço: Estava ao pé da zona de abastecimento, não deixaram o bebé passar para o lado de cá, mas na entrada para a última volta ainda lhe dei um beijinho, antes de chegar aqui. Estou desejosa de abraçá-lo, é o que mais quero neste momento.

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