Anacom instala robô para analisar e gerir queixas de telecomunicações

5 meses atrás 93

Aexia é o nome do software de Inteligência Artificial que o regulador está a implementar. “Não tenho dúvida de que o sector tem sofrido impactos profundos com a adoção de novas tecnologias”, reconheceu a presidente.

A Anacom – Autoridade Nacional de Comunicações está a trabalhar na implementação de um sistema baseado em Inteligência Artificial (IA) para análise e gestão de experiência dos consumidores e tratamento das reclamações que chegam ao regulador. O software chama-se “Aexia” e visa elevar os padrões de consumo.

Não tenho dúvida de que o sector tem sofrido impactos profundos com a adoção de novas tecnologias, nomeadamente a IA, no seguinte: eficácia, eficiência, monitorização contínua que minimiza o impacto das decisões regulatórias nos consumidores, afetação de licenças ou divisão do espectro”, disse a presidente da Anacom, no 33º congresso da APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações.

Sandra Maximiano defendeu que o recurso ao Big Data e IA cria vantagens competitivas nas empresas de comunicações, pelo que é necessário abraçar as sandboxs (testes a tecnologias) regulatórias e ter em conta que a personalização de ofertas poderá aumentar a discriminação de preços. Logo, é importante pensar no recrutamento/retenção de talento digital qualificado.

“Primeiro, há que pensar nas implicações da dinâmica e concorrência do próprio sector. Segundo, é preciso estar consciente de que as empresas de telecomunicações são viabilizadoras das estratégias digitais de outras empresas em variados sectores”, afirmou a economista, na abertura do debate “Estado da Nação das Comunicações”, que se realizou durante o evento da APDC, no auditório da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa.

Numa análise mais geral ao panorama desta indústria, disse que a taxa de variação média dos preços é de 5% e considerou que a entrada da Digi no mercado português vai levar “à reação criativa” por parte as principais operadoras de telecomunicações (Altice Portugal, NOS e Vodafone). “Sei que existe apreensão, mas acho que as oportunidades serão maiores do que os riscos. Ao contrário dos media, que lutam pelas audiências, a procura pela conectividade está em expansão”, explicou Sandra Maximiano, que está na liderança da Anacom há cinco meses.

Ler artigo completo