André Jordan: o visionário que ‘inventou’ o turismo de qualidade

7 meses atrás 55

O empresário agora desaparecido é apontado por todos como um génio do sector, que sabia encontrar entre a paisagem inóspita o lugar certo para o próximo investimento. Eduardo Catroga explica porquê.

André Jordan “foi um protagonista do desenvolvimento do turismo português numa segunda fase dos primórdios” do lançamento do que é atualmente o moderno sector português. A frase é de Eduardo Catroga, antigo ministro da Economia de um dos governos de Cavaco Silva e seu antigo professor na faculdade. Nesse quadro, contribuiu para o aumento do valor acrescentado no sector” – a que não era alheio, disse ainda, um entendimento claramente visionário do turismo. E foi essa visão que lhe permitiu descobrir no Algarve, mais propriamente na Quinta do Lago, a possibilidade de um mundo diferente. Por esses anos, na década de 70 do século passado, outro visionário (dizem), Cupertino de Miranda, fundador e dono até às nacionalizações de 1975 do Banco Português do Atlântico (BPA), haveria de ter um sonho semelhante, concentrado em Vilamoura.

Para Eduardo Catroga, foi esta posição visionária que serviu de esteio a que André Jordan – desaparecido a 9 de fevereiro passado, aos 90 anos – fosse alvo de ‘réplicas’: a sua forma de abordagem do turismo enquanto sector necessário ao desenvolvimento, em parceria estreita com o imobiliário, acabou por criar uma ‘escola’ que singrou um pouco por todo o território. Dizem os mais puristas, que foi uma ‘escola’ que também ajudou a alterar a paisagem, muitas vezes para pior. Mas nem sempre – principalmente para os que, com aqueles projetos, puderam escapar a uma vida que seria muito mais difícil, como salienta uma ex-administradora do banco oriundo do Porto.

O certo é que, tantos anos passados sobre o início da carreira do homem que nasceu no que é atualmente a Ucrânia (mas era na altura a Polónia) em 1933, o turismo é agora um sector estratégico para o crescimento, para a manutenção da taxa de desemprego em níveis socialmente aceitáveis e para a criação de valor.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Ler artigo completo