Esta segunda-feira, nos Açores, André Villas-Boas voltou a ser questionado por adeptos do FC Porto sobre a Academia na Maia desejada por Pinto da Costa e o Centro de Alto Rendimento que ele próprio pretende erguer no Olival.
"Esta pergunta é muito importante. Em primeiro lugar, eu acho que é fundamental dizer-vos que não são apenas as academias que são a diferença entre as candidaturas. E nós temos que ir muito para além da discussão da academia para que ela não se torne apenas a razão premente entre as candidaturas. Agora., nós temos opiniões totalmente diferentes, como vocês já sabem, sobre a mesma, muito por conta da situação financeira atual do FC Porto", começou por dizer.
"Em segundo lugar, é importante dizer o seguinte, que é bom para o FC Porto que haja essas duas opções. Porque nós, se não formos eleitos, iremos dar total abertura relativamente ao nosso projeto, que é apresentado amanhã, em Lisboa", continuou.
"A nossa candidatura amanhã falará de forma clara com os associados relativamente à localização, às razões da escolha, custos, possibilidades de financiamento, projeto de arquitetura. E iremos estar disponíveis em dar toda a informação que a gente tenha para a atual direção, caso a atual direção, ou seja, a nova candidatura seja eleita de parte do presidente. Porquê que nós temos uma opinião diferente? Nós temos uma opinião diferente, sobretudo, porque a atual equipa principal do FC Porto já está em necessidade de renovação das infraestruturas. Este é o primeiro ponto. Segundo ponto, para nós não fazia sentido separar a formação da equipa principal", vincou o antigo treinador.
Geografia: "Enquanto a outra candidatura prefere claramente a instalação do FC Porto noutra zona geográfica da zona norte, ou seja, na Maia, separando as infraestruturas do clube em três sítios diferentes, Maia, Gaia e Estádio do Dragão, nós quisemos escolher um sentido de unidade. Para nós faz sentido que a formação esteja próxima da equipa principal. Acresce que, se nós construirmos condições ótimas para as equipas profissionais do FC Porto e também para os profissionais das modalidades, conseguimos que a equipa principal tenha infraestruturas de topo que vão ao encontro do que é as necessidades atuais no futebol moderno."
Centro de Treinos já não chega: "O Olival já tem 20 anos da sua construção. Portanto, a equipa precisa de novas instalações. Novas infraestruturas. E daí que nós tenhamos optado por uma coisa totalmente diferente. Portanto, em termos de custo, para nós faz sentido. Em termos de rapidez de obra, para nós faz sentido. Em termos de unidade, para nós faz sentido. Em termos também de construir condições e infraestruturas para as modalidades profissionais, também faz sentido. Nós temos em vista a construção de um pavilhão, porque também das modalidades, os profissionais e a formação já andam com a casa às costas e treinam em diferentes sítios."
Pareceres na Maia: "Portanto, tudo isto para nós faz sentido, em vez de fazer uma obra que tem muito mais custo, que pode demorar muito mais tempo, que potencialmente poderá estar em causa relativamente também à sua construção e a alguns desacordos relativamente a quem é que é realmente proprietário desses terrenos e outras implicações de distâncias para as autoestradas e para descobertas arqueológicas quando tratámos o terreno. Portanto, tudo isto é sensível. São as duas opções disponíveis.
Portanto, a nossa é apresentada amanhã em todo o seu formato, do ponto de vista de construção, rapidez de obra, custo, valores e penso que será mais de encontro ao que os adeptos do Porto podem querer no futuro."
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