“Ano de 2024 será forte nas fusões e aquisições”, diz CEO da Core Capital

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Nuno Fernandes Thomaz, CEO da Core Capital, afirma que as operações este ano serão focadas nas empresas de média dimensão, defendendo que é necessário apostar-se numa consolidação sectorial. “O verdadeiro drama do país é não ter dimensão”, diz.

Apesar do ambiente de taxas de juro elevadas e de abrandamento da economia, 2024 será um ano “forte” para os negócios de fusão e aquisição (M&A, na sigla em inglês), afirma Nuno Fernandes Thomaz. De acordo com o CEO da Core Capital, as operações vão acontecer sobretudo em empresas de média dimensão, numa altura em que, defende, é preciso apostar na consolidação sectorial para se ganhar dimensão.

“Olho para 2024, em termos de M&A, como um ano forte em termos de volume e de transações”, diz Nuno Fernandes Thomaz, esta sexta-feira, na cerimónia de lançamento do JE Advisory, um novo projeto do Jornal Económico. “A Core Capital vai fechar três transações já no início deste ano”, acrescenta.

O CEO da Core Capital afirma que, “apesar de vivermos num ambiente de taxas de juro altas e fraco desempenho da economia em 2024, há capital para ser investido”.

Por um lado, “há capital por parte de alguns grupos privados à procura de oportunidades”. Por outro, “há capital para investir porque a indústria de private equity começa a ter algum peso, ainda que pequeno”, refere, notando que é preciso apostar em mais programas como o Consolidar do Banco Português de Fomento.

Além das transações mais mediáticas, “este ano vai haver um calendário de várias operações, mas no segmento das médias empresas”, diz ainda Nuno Fernandes Thomaz, defendendo que “é preciso promover a consolidação sectorial”, numa altura em que o “verdadeiro drama do país é não haver dimensão”. “Promove-se uma cultura em Portugal contra grandes empresas”, mas é “fundamental termos grandes empresas”, frisa.

Quantos aos riscos para 2024, destaca dois. “O risco geopolítico, sobretudo o tema do mar mediterrâneo. Mais de 15% do comércio global passa lá. Estamos a ter novamente problemas nas cadeias de valor”, diz o CEO da Core Capital. Em termos nacionais, “há um problema que me preocupa muitíssimo. Não quero trabalhar num cenário em que temos um governo de esquerda com o Bloco de Esquerda sentado à mesa. É um cenário dantesco”.

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