ANTEVISÃO | Começar a afinar a orquestra

A Alemanha está, mais que nunca, ao virar da esquina e a história do EURO 2024, para Portugal, começa a ser escrita em Alvalade. Os representantes de Portugal, salvo alguma lesão de última hora, já foram eleitos e, na noite de terça-feira, têm a primeiro teste de preparação para o EURO 2024. O objetivo, agora e, sobretudo, em meados de julho, é o mesmo: vencer!

Ainda que desfalcada - já lá vamos - a seleção regressa ao Estádio José Alvalade - garantiu a qualificação 100 por cento vitoriosa para o Euro na última vez que lá jogou - para alinhavar as ideias para a grande competição. Ou seja, pretexto ideal para os jogadores ajudarem Roberto Martínez a esclarecer eventuais dúvidas.

Apesar de marcarem presença na convocatória final para o campeonato da Europa, Portugal não conta, para este jogo, com Cristiano Ronaldo, Rúben Neves - ambos ainda de férias -, Pepe, Nélson Semedo - os dois em recuperação - e Otávio. No caso do último, nem para este jogo, nem para a prova, tendo em conta que o médio do Al-Nassr foi dispensado por lesão. Para o seu lugar, foi chamado Matheus Nunes.

Ausentes de lado, este primeiro jogo ajudará a decifrar, além de eventuais preferências para certas posições, o esquema tático treinado com o EURO em vista.

Roberto Martínez já testou o sistema a três centrais e a quatro defesas. É certo que Portugal tem a qualidade necessária - e a polivalência - para alterar de sistema subitamente, mas será interessante ver a aposta base do técnico espanhol: se, por um lado, o 3-4-3 cria muitas dinâmicas nos corredores e coloca muita gente em zonas de finalização, o 4-3-3 é mais equilibrado e ajuda a encaixar toda a qualidade - abundante - que Portugal tem no meio-campo.

Além disso, a Finlândia, adversária de terça-feira que foi, inclusive, aos play-offs de acesso ao campeonato da Europa - perdeu contra o País de Gales -, é uma seleção com qualidade - ainda que ligeiramente inferior - semelhante às que dividem o grupo com Portugal. Nesse sentido, deve proporcionar um tipo de jogo aproximado aos da fase de grupos, onde Portugal deve ter mais bola, jogar no meio-campo adversário e tentar desbloquear blocos baixos.

O facto de ser um amigável não altera o objetivo final. Com mais em jogo do que inicialmente aparenta, há que vencer o primeiro teste rumo à Alemanha. Começar junho com uma vitória, acabar julho com um troféu: eis o mote.