ANTEVISÃO | Confirmar ou sonhar: locus amoenus cada vez mais perto

3 meses atrás 79

Quartos de final, o início do desejoso fim, lugar paradisíaco e ideal - a final de Berlim, claro. Inglaterra e Suíça chegam à fase onde ultrapassam os três jogos, que aparentam ser uma eternidade - e aleatoriedade - e ficam a «apenas» 180 minutos - salvo prolongamentos - da glória. Para isso, «basta» levarem a melhor sobre a outra.

Para ingleses e suíços chegarem a esta eliminatória, pelo caminho tiveram de ficar eslovacos e italianos, respetivamente, mas com histórias bem diferentes. 

Valeu Bellingham, para a eternidade @Getty /

Após uma insonsa - e contestada - fase de grupos, onde a Inglaterra encabeçou o grupo com dois empates e uma vitória, seguiu-se a modesta Eslováquia, teoricamente bastante acessível. Por pouco, não se verificou uma história David vs. Golias. Bellingham empatou nos descontos, levou o jogo a prolongamento e, aí, sorriu a Inglaterra, que não limpou a má imagem, apesar da passagem.

A Suíça, com uma fase de grupos aceitável - dois empates algo surpreendentes, por diferentes motivos, contra a frágil Escócia e a anfitriã Alemanha -, enfrentou a campeã Itália nos oitavos. Não só a enfrentou como a eclipsou. Só deu Suíça: surpresa na prova, com todo o mérito.

Esta é a segunda vez seguida que os suíços chegam aos quartos de final da prova, fase mais adiantada que já alcançaram. Em Campeonatos da Europa, os ingleses já chegaram à final - em 2021 -, mas nunca venceram a competição.

Por fim, deixamos algumas notas sobre os possíveis onzes e começamos pelo suíço. Murat Yakin já apresentou várias dinâmicas, mas foi no último duelo que deixou uma melhor imagem. Por isso mesmo, não deve alterar a aposta em relação ao jogo com a Itália.

Do outro lado, as dúvidas são maiores. Southgate ainda parece estar à procura do melhor funcionamento da máquina inglesa. Walker, apesar da reconhecida rapidez e profundidade no corredor, foi um dos culpados no golo eslovaco e Trent é uma opção interessante para a posição. Além disso, Mainoo, contra a Eslováquia, foi, pela primeira vez no torneio, titular e mostrou-se pronto para o desafio; nesse sentido, deverá receber novo voto de confiança.

No próximo sábado, fecha-se o quadro das meias-finais e este Inglaterra-Suíça é o primeiro jogo do dia, às 17h, em Düsseldorf. Quem ganhar, além de estar cada vez mais perto de fazer história, defronta o vencedor da eliminatória entre os Países Baixos e a Turquia.

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