ANTEVISÃO | Duelo de marchas com dois caminhos possíveis

2 dias atrás 39

Chegou a hora de um «velho» clássico cujo ato em Hamburgo vem carregado de reminiscências; de Platini a Zidane, ao golo de Éder. Um Portugal - França arrasta consigo o passado e projeta-o no presente, onde o que está em causa é a presença na meia-final do Euro 2024.  

Esta sexta-feira, pelas 20 horas, o Volksparkstadion apadrinha o novo capítulo deste duelo entre dois países que cruzam muito mais do que meros jogos de futebol. É honra e orgulho, sobretudo para os portugueses que fizeram de França o país de acolhimento. 

Mas há outra história inevitável no carrossel mediático. O (último?) duelo entre Cristiano Ronaldo e Kylian Mbappé. Em pontos opostos nas respetivas carreiras, o Portugal - França está a ser apelidado como o jogo da «passagem de testemunho», sublinhado pela mudança do francês para o Real Madrid, onde o português é lenda. 

Seja como for, o lema é claro traduzido dos dois hinos: é hora de marchar, amigos. E há dois destinos possíveis: até Munique ou... para casa.

Mudar porquê? Para quê?

Uns resolveram em 90 minutos, aos outros não chegaram os 120. Quem mudará peças? Provavelmente os primeiros, e por obrigação.

Não há o castigado Rabiot, pelo que há uma vaga aberta no meio-campo. Noutra situação, Deschamps até poderia optar por mais criatividade à frente de Kanté e Tchouameni, só que ao técnico francês não se lhe reconhece um espírito de risco, sobretudo num jogo que podia bem ser a final do Euro. Portanto, Camavinga perfila-se como a solução, de músculo e recuperação, com vista à prudência.

Em Roberto Martínez, até se lhe pode pressentir maior sentido de risco, mas não na vertente das escolhas. «Ser previsíveis faz parte, não precisamos de mudar» foi uma frase que sobrou da conferência de imprensa e que, salvo improvável ratoeira, se traduzirá no mesmo onze de há quatro dias.

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