ANTEVISÃO | Fuga dos aflitos

Chegámos, oficialmente, à fase da temporada onde cada jogo é visto como uma autêntica final e isso ainda fica mais patente quando falamos de equipas próximas na tabela classificativa e com objetivos semelhantes. É o caso do Vizela e Casa Pia, que se encontram neste domingo de Páscoa.

Instabilidade tem sido palavra de ordem no Vizela esta temporada e Rúben de la Barrera sabe que tem uma difícil missão em mãos para a ponta final do campeonato, até porque o momento de forma não é o ideal - sete derrotas e cinco empates nos últimos 15 jogos - e a posição é frágil, estando, nesta altura, em zona de despromoção.

«Temos de fazer um jogo inteligente, movimentarmo-nos bem, procurar os espaços que queremos e condicionar as possibilidades do Casa Pia em transição ofensiva. Temos de os controlar todos, até os mais pequenos, para evitar, por exemplo, que se repita o que aconteceu contra o Farense, em que tínhamos de ir com vantagem clara ao intervalo e saímos a perder. Idealmente temos de sair na frente e depois continuar a jogar para não acontecer o que sucedeu contra o Estoril [Praia]. É extrair aprendizagem em cada um dos jogos», apontou o espanhol, na antevisão da partida.

Os vizelenses tiveram duas semanas para recuperar da sofrida derrota no Dragão (4-1) e estão privados de Lacava (castigado) para este jogo, além dos lesionado Ruberto e Mrezigue. Apesar do resultado, a exibição no Dragão foi positiva e não se esperam grandes mudanças, até para tentar manter a identidade destacada por De La Barrera. Diogo Nascimento surge na linha da frente para ocupar a vaga de Lacava e Matheus Pereira também é forte hipótese para a lateral.

O Casa Pia, por sua vez, melhorou sob as ordens de Gonçalo Santos e aproveitou uma boa fase para se distanciar, ligeiramente, dessa zona de despromoção, mas não se pode desleixar. Além disso, os Gansos têm a motivação de saber que se podem distanciar dos concorrentes diretos nesta jornada, visto que Estrela da Amadora, Chaves e Estoril perderam os respetivos jogos e o Portimonense tem um difícil duelo com o SC Braga, esta segunda-feira.

«O Vizela é uma equipa que gosta de ter posse, com treinador espanhol. A escola espanhola é de treinadores de muita posse e este treinador vai alterando muito durante o jogo: numa primeira fase, tentam sair a jogar mas também procuram muitas vezes a profundidade», analisou o técnico luso, na antevisão da partida.

O Casa Pia também perdeu antes da pausa internacional, frente ao Benfica (0-1), mas deu boa resposta na receção aos encarnados. Sendo o Vizela um adversário de características distintas, Gonçalo Santos pode bem tentar dar mais vida à sua frente de ataque e, para isso, tem boas opções, como Soma e Rúben Lameiras, prontos a ocupar a vaga pertencente a Pablo Roberto.