ANTEVISÃO | O exigente teste antes do derradeiro exame

Agora sim, caro leitor. Após uma acessível fase de qualificação para o EURO e um descomplicado amigável - que não evitou o susto - Portugal tem o primeiro duelo contra uma creditada seleção na era Roberto Martínez. Agora sim, vamos ver o kit de unhas desta seleção.

Esta era foi, até ver, curta, mas positiva. 13 jogos, uma qualificação para uma grande prova e 12 vitórias. Os adversários foram acessíveis, mas ainda assim já obrigaram Portugal a saborear a derrota. A Eslovénia bateu (2-0) Roberto Martínez e companhia, num amigável em março.

Eslovénia, Portugal e Croácia. As três vão estar no EURO, mas só duas estão, pela qualidade do plantel e campanhas passadas, quase obrigadas a ultrapassar a fase de grupos - apesar de uma estar no «grupo da morte». Além disso, a Croácia é menos apontada ao título - quando comparada com Portugal - por várias estrelas estarem numa fase decadente.

Em relação ao primeiro teste, Portugal, com altos e baixos, ultrapassou-o com distinção. Foram testados vários jogadores, avistadas dinâmicas interessantes - com destaque para o meio-campo, que funcionou sempre independentemente das peças - e ainda houve espaço para um susto - os dois golos sofridos em cinco minutos, algo que Roberto Martínez, na antecâmara do duelo, prometeu retificar.

Na antevisão ao amigável, Zlatko Dalic relembrou que este é o confronto que antecede os duelos da fase de grupos, por isso, admitiu alguma rotação. Ainda assim, frente a uma seleção de alto gabarito, é natural que os croatas queiram deixar uma boa figura, o que dificulta a tarefa de adivinhar o onze inicial.

Da parte de Roberto Martínez, apesar da inerente e natural rotação num jogo de preparação, é esperado um onze sólido - ainda sem Cristiano Ronaldo, Pepe e Rúben Neves - no teste de maior dificuldade.

Antes de viajar para a Alemanha, ainda há um encontro - em Aveiro, diante da República da Irlanda. Contudo, este embate contra a Croácia já tem contornos de jogo importante, de EURO antes do EURO e, nesse sentido, é importante começar a cultivar a cultura de vitórias.  Começar junho com vitórias, acabar julho com um troféu: o mote.