António Guterres condena veementemente atentado na Somália

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"O Secretário-Geral [António Guterres] lamenta que o povo da Somália continue a ser vítima destes atos hediondos de terrorismo e reitera que as Nações Unidas apoiam firmemente o Governo e o povo da Somália contra o terrorismo e o extremismo violento", declarou o seu porta-voz adjunto, Farhan Haq, em comunicado.

Haq transmitiu também as condolências de Guterres às famílias das vítimas e o seu desejo de "rápida recuperação" aos feridos.

Por seu lado, o representante especial interino do Secretário-Geral para a Somália, James Swan, qualificou o atentado de "ato abominável" e reiterou "o apoio e a solidariedade das Nações Unidas para com o Governo da Somália nos seus esforços para garantir a paz, a segurança e a estabilidade no país".

O ataque começou por volta das 19:30 de sexta-feira, quando um dos atacantes se fez explodir em frente ao Beach View Hotel, no meio de uma multidão, antes de cinco outros jihadistas começarem a disparar indiscriminadamente contra os hóspedes do hotel.

Minutos depois, os jihadistas e as forças de segurança somalis iniciaram um tiroteio no hotel que durou até depois da meia-noite, tendo fontes de segurança dito à agência noticiosa oficial somali SONNA que os atacantes foram todos mortos.

Nos últimos meses, a Somália intensificou as ofensivas contra o grupo terrorista Al Shabaab, com o apoio de clãs e milícias locais, no âmbito de uma série de decisões tomadas pelo Presidente, Hassan Shaykh Mohamud, que se comprometeu, ao tomar posse em maio de 2022, a colocar a luta contra o terrorismo no centro dos seus esforços para estabilizar o país.

No entanto, continuam a ser perpetrados ataques contra instituições governamentais e contra hotéis e restaurantes em Mogadíscio, onde os islamitas consideram que prevalece um estilo de vida ocidental. Em julho, 11 pessoas foram mortas num ataque terrorista a um restaurante durante a final do Campeonato Europeu de Futebol.

Os ataques do Al Shabaab na praia de Lido são quase cíclicos. Um atentado suicida com carro-bomba e tiroteio matou mais de 20 pessoas em janeiro de 2016. Quatro anos mais tarde, outro ataque semelhante fez pelo menos onze mortos. Em 2023, o Al Shabaab matou seis civis e três militares neste mesmo local da capital.

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