António Miguel Cardoso: «André Silva? Houve mudanças em cima da hora e cancelámos o negócio»

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António Miguel Cardoso, presidente do V. Guimarães, deu esta noite uma entrevista à Rádio Santiago, onde abordou o assunto do dia no Vitória, o negócio praticamente feito de André Silva para o Hellas Verona... mas que acabou por não ter fumo branco

Dossiê André Silva: "É dinâmica de futebol. Todos os que seguem o futebol sabem que há negócios praticamente fechados que não se concretizam e existe às vezes alguma especulação da imprensa. Neste caso e dizendo a verdade, nós chegámos a um acordo de termo e o clube chegou a acordo com o jogador, mas em cima da hora existiram mudanças que nos obrigaram a cancelar o negócio e o André amanhã estará connosco a treinar. Faz parte do futebol. Obviamente que achávamos que o André seria alguém que nos ia ajudar na parte financeira nestes próximos meses e amanhã surgirão outras oportunidades."

Problemas com passaporte: "Nunca nos perguntaram isso. Obviamente que eles têm de saber o histórico do jogador e se têm ou não passaporte. Quero acreditar que não. Connosco, existiram algumas alterações em relação ao acordo que tínhamos e demos por encerradas as alterações."

Fragilidades financeiras do Hellas Verona: "Ao vender o Dani Silva, temos um acordo financeiro com eles. Quando se negoceia estes contratos de vendas, os prazos de pagamento são de vários anos, dependente da negociação, neste caso temos entidades que nos antecipam a receita. Falamos com essas entidades e garantiram que não haveria. O Verona fez um grande mercado e tem liquidez por isso não estamos preocupados."

Se André Silva ainda pode sair: "Temos de estar sempre aberto a todas as oportunidades. Temo-nos preocupado muito com a vertente desportiva e as coisas estão a correr, temos tido uma excelente política de contratação, mas temos de vender. No Vitória temos de ter a perspetiva de vender e ir à procura de jogadores com mais qualidade e mais baratos, ou sem contrato. Tem de ser o caminho. É imperativo que o Vitória venda jogadores. Foi a situação que herdamos."

Outros possíveis ativos a vender: "Temos de arranjar soluções. Estamos aqui para arranjar soluções e, passados dois anos, o Vitória tem outra cara, tem tido bons resultados desportivos, um crescimento enorme na parte dos associados, nas modalidades, no futebol feminino e na formação. Temos a necessidade de vender e temos de assumir isso de frente. Os sócios têm de perceber, por muito que nos custe, que neste momento é difícil para nós negociar no mercado, porque também sabem as nossas contas e necessidades. Vamos estar atentos nos próximos dias."

Receitas para garantir o mínimo de tranquilidade: "Neste momento, estamos a falar de necessidade para garantir o mínimo para tudo o que é o Vitória, os seus fornecedores, a equipa de futebol… É uma dificuldade que temos sentido desde o primeiro dia e estamos aqui para isso. Temos honrado sempre os nossos compromissos, temos juntado a área desportiva à área financeira. Fizemos a melhor classificação dos últimos cinco anos na época passada. Este ano estamos bem e queremos o melhor resultado financeiro, mas são condicionais. É essencial vender."

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