António Tavares na cerimónia de Villas-Boas: «Não sou traidor, não sou adversário, sou portista!»

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Nome proposto para presidente da Mesa da Assembleia Geral pela lista encabeçada por André Villas-Boas às eleições para presidência do FC Porto, a 27 de abril, António Tavares foi o primeiro a subir ao palco para discursar na cerimónia de encerramento de campanha da Lista B, a decorrer na noite desta quarta-feira, no Pavilhão Rosa Mota/Super Bock Arena.

"Tal como dizia a poesia de Sophia de Mello Breyner, ‘Nós vemos, ouvimos e lemos’, e nós ao longo desta campanha ouvimos muita coisa que não gostámos e algo que eu, particularmente, não gostei, foi que me chamassem de ‘traidor’ e de ‘adversário’. Não sou traidor, não sou adversário, sou portista. Aqui no FC Porto só há portistas e os portistas nem são todos portuenses", referiu, antes de prosseguir.

"Ouvimos também falar muito que o passado é importante e queremos ser claros: Temos muito orgulho no passado do FC Porto e em quem o ajudou a construir. Acima de tudo, estamos preocupados com o futuro e aceitamos o desafio de responder à convocatória que o André fez. O André elencou o 12.º jogador para estar aqui, chamou-o a jogo e é por isso que estamos aqui. Estamos aqui para dizer que não temos medo", continuou.

Elogios a Villas-Boas: "Há 50 anos, também houve pessoas que se ousaram levantar e dizer 'Basta'. O Luís André tem o ADN do FC Porto. Não tem medo, tem coragem e mobilizou-nos a todos, provando que é um verdadeiro líder. Agora, é o tempo da maioria silenciosa, dos adeptos e sócios do FC Porto, dizerem presente no dia 27. É por eles que estamos a fazer esta campanha."

Mobilização: "O clube está vivo e mobilizou-se. Se estas eleições valeram para alguma coisa, valeram pela mobilização. Ainda bem, André, que aceitaste fazer campanha. Houve quem não quisesse, mas também teve de fazer campanha. Esta sala mostra que cada um de nós respondeu a este apelo e chamamento. Se quiserem uma frase para justificar porque estou aqui, utilizo uma frase de José Maria Pedroto no verão quente. 'Difícil não foi assumir aquela atitude. Difícil era não tomar uma atitude quando ela era necessária'. É isso que estamos a fazer."

Eleições para reunir e não para dividir: "Há quem diga que estamos nesta escolha separados entre uma dívida de gratidão ou a gratidão de uma dívida, mas acima de tudo nós olhamos para este momento como uma festa que vai reunir os portistas e não dividir os portistas, porque o André é o líder de todos os portistas."

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