Após caso Swift, EUA processam Ticketmaster. "Tempo de pôr fim a isto"

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu um processo contra a Live Nation Entertainment, empresa dona da Ticketmaster, que gerou furor em 2022, após um 'fiasco' com a venda dos bilhetes para a The Eras Tour, de Taylor Swift, que cantará em Lisboa na sexta-feira e no sábado.

A 15 de novembro daquele ano, o website da empresa foi abaixo devido a uma "demanda histórica sem precedentes", conforme a própria empresa revelou, impedindo milhares de 'swifties' de comprar bilhetes para os concertos.

Agora, a gigante do setor da venda de bilhetes está a ser acusada de utilizar táticas ilegais para manter um monopólio, diz a BBC.

No documento, aponta-se o dedo à Live Nation por, alegadamente, ter afastado competidores e ter levado a preços mais altos e um pior serviço para os clientes.

Em resposta, a empresa afirmou que as afirmações sobre o suposto monopólio são "absurdas".

O processo "ignora tudo o que é realmente responsável por preços de bilhetes mais altos", lê-se numa nota no website da empresa, apontando o dedo à popularidade dos artistas, os maiores custos de produção e o açambarcamento como razões para o aumento dos preços dos bilhetes.

O Departamento de Justiça discorda. "Não estamos aqui hoje porque a conduta da Live Nation-Ticketmaster seja inconveniente ou frustrante. Estamos aqui porque, assim como alegamos, essa conduta é anti-competitiva e ilegal", afirmou o procurador-geral Merrick Garland em conferência de imprensa, esta quinta-feira. "É tempo de pôr fim a isto".

A Live Nation também é proprietária de mais de 250 salas de espetáculos nos Estados Unidos, gerindo cerca de 60% da promoção de concertos em grandes espaços a nível nacional, segundo o processo.

Aproximadamente 80% das principais vendas de bilhetes de entretenimento são também operadas pela Ticketmaster, subsidiária da Live Nation.

Na acusação, o Departamento de Justiça dos EUA - e 30 estados do país - acusam a empresa de recorrer a contratos exclusivos a longo prazo, bem como a ameaças a salas de espetáculos que recorrem a empresas rivais e à compra de possíveis competidores, para manter o alegado monopólio.

Em 2022, a Ticketmaster gerou muita polémica junto dos fãs de Swift, que reagiu, na altura: "É incrível que 2,4 milhões de pessoas tenham conseguido bilhete, mas irrita-me que muitos sintam que tiveram de atravessar várias guerras para os conseguir".

A artista ainda não reagiu a esta nova evolução no caso, segundo indica o Business Insider.

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