Após décadas na prisão, 3 acusados por homicídio têm condenações anuladas

Uma juíza do estado norte-americano da Pensilvânia anulou as condenações de três homens que se encontram detidos há décadas pelo homicídio de uma mulher de 70 anos, cometido em 1997. Contudo, os homens continuarão detidos até que o procurador decida se pretende recorrer.

A decisão foi tomada na quinta-feira, tendo a juíza do condado de Delaware Mary Alice Brennan ordenado que Derrick Chappell, que tinha 15 anos na altura do crime, e os seus primos Morton Johnson e Sam Grasty sejam sujeitos a um novo julgamento pela morte de Henrietta Nickens.

“Este caso nunca deveria de ter sido julgado. Estes jovens nunca deveriam de ter sido acusados. As provas sempre mostraram que estavam inocentes”, adiantou o advogado de Grasty, Paul Casteleiro, citado pela Associated Press.

Os três homens foram julgados e condenados pelo homicídio de Henrietta Nickens, que foi encontrada sem vida e sem roupa interior depois de ter sido espancada. A casa da mulher, cujas paredes e roupa de cama estavam cobertas de sangue, foi, também, saqueada.

Os jovens, que residiam no mesmo bairro, foram condenados pelo crime, apesar de testes de ADN terem comprovado que restos de sémen encontrados no corpo da vítima e num casaco que estava no local não pertenciam a nenhum deles.

Segundo a defesa dos detidos, os procuradores alegaram que a vítima poderá ter tido relações sexuais antes de ser assassinada. Por outro lado, equacionaram que os agressores podem ter levado um preservativo usado para a cena do crime. No entanto, a mulher era doente crónica e não tinha parceiros conhecidos, de acordo com Casteleiro.

Foi marcada uma nova audiência para o dia 23 de maio, por forma a determinar se os procuradores pretendem avançar com um novo julgamento contra os homens.

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