Após feito histórico, submarino Arpão regressou a Lisboa. As imagens

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Após um feito histórico e mais de 70 dias em missão, o NRP Arpão chegou esta quarta-feira, 19 de junho, à Base Naval do Alfeite.

A cerimónia foi presidida pelo ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, e contou com a presença, entre outros, do Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo, do Comandante Operacional das Forças Armadas, vice-almirante Nobre de Sousa. 

O NRP Arpão é comandado pelo capitão-de-fragata Taveira Pinto e conta com uma guarnição de 34 militares a bordo.

Tal como destacou a Marinha Portuguesa, na cerimónia decorreu a entrega de condecorações aos elementos da guarnição, assim como a entidades estrangeiras que apoiaram à realização da missão, nomeadamente, militares e civis dos Estados Unidos da América, Canadá e Dinamarca.

Pode ver as imagens da cerimónia, partilhadas pela Marinha, na fotogaleria acima. 

Note-se que, numa primeira fase, o submarino participou na Operação Brilliant Shield, uma operação militar da NATO que decorre na zona norte do Oceano Atlântico, no Mar do Norte, "com o objetivo principal de promover vigilância e garantir a segurança da área de responsabilidade Aliança, com especial enfoque no seguimento de plataformas militares não NATO, de superfície e submarinas, que habitualmente operam nesta área".

Já na última fase, a 28 de abril, o submarino realizou a Operação ÁRTICO 2024, "que foi um marco na história, por ter sido o primeiro submarino convencional a navegar e operar por baixo do gelo Ártico, representando um feito para a Marinha Portuguesa, com o apoio das Marinhas congéneres do Canadá, Dinamarca e Estados Unidos". 

Recorde-se que o ministro da Defesa se juntou à guarnição do Arpão, nas últimas horas de missão.

Na cerimónia, Nuno Melo agradeceu "a oportunidade" que teve de "embarcar, submergir e pernoitar no Arpão", "o privilégio" de ter partilhado durante 15 horas "um bocadinho do tempo longo desta extraordinária missão com o comandante e guarnição do Arpão" e enalteceu o "feito notável" da Marinha.

"Aquilo a que assistimos aqui também é uma demonstração a Portugal inteiro e ao mundo da importância da arma submarina num país que é Atlântico, que tem um mar extenso e que nesta avaliação não pode a arma submarina deixar de ser enaltecida no enquadramento que é de toda a Marinha portuguesa", realçou Nuno Melo.

Para o governante, esta capacidade "é indispensável quando assistimos a uma crescente presença de meios navais da Federação Russa no Atlântico, obrigando-nos a permanecer vigilantes e preparados", salientando que o feito em causa "alterou paradigmas".

"Pela primeira vez um submarino convencional no Ártico conseguiu o desempenho numa missão que só foi tentada e alcançada por submarinos nucleares [dos EUA, Reino Unido e Rússia]. Portugal nisso é um exemplo e a Marinha tem que ser enaltecida", sublinhou.

Sobre a participação na missão da NATO, o governante defendeu que "demonstra o firme empenho de Portugal na segurança coletiva" e o "contributo vital" do país para a segurança no Atlântico.

Nuno Melo, cuja passagem pelo serviço militar foi no Exército, confessou que não se sentiu "nada mal junto da Marinha" e realçou que foi "o primeiro ministro da Defesa a pernoitar num submarino" tendo estado por vezes submerso a 150 metros.

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