App promete 'revolucionar' futebol feminino: "Não somos homens pequenos"

Dois anos depois de trocar o cargo de responsável de rendimento do Inter Miami, da MLS, por um outro de maior relevância, no Washington Spirit, da NWSL, Dawn Scott tem em mãos um projeto que, acredita, irá 'revolucionar' o futebol feminino.

O dito projeto dá pelo nome de Kynisca Sports International, que está a desenvolver o Kynisca Innovation Hub (KIH), uma aplicação que 'nasceu' de um investimento de 50 milhões de dólares (44,9 milhões de euros), e que, acredita a própria, tem tudo para "desbloquear o potencial das atletas dentro de campo".

"O KIH irá tornar-se num pioneiro da investigação sobre o rendimento desportivo, para que possamos deixar de treinar as mulheres como se fossem, simplesmente, homens pequenos", explicou Dawn Scott, em entrevista concedida ao jornal britânico The Telegraph.

"Na minha formação, tivemos uma palestra sobre a fisiologia feminina, mas não estava alinhada com a atleta. Significa que estás a olhar para as exigências das jogadoras sem um entendimento profundo da fisiologia feminina e as diferenças entre homens e mulheres", acrescentou.

De acordo com a dirigente, é fundamental ter em conta "o impacto das hormonas e dos ciclos menstruais". Algo que esta aplicação terá em conta para, juntamente com fatores como o sono ou o batimento cardíaco, delinear o plano de treino ideal para cada jogadora.

"A nossa missão é revolucionar a maneira como apoiamos e treinamos as atletas, com educação e inovação. Estamos a olhar para as atletas ao longo de todo o ciclo da vida, da puberdade à perimenopausa e à menopausa, e da recriação até ao desporto de elite", completou.

Leia Também: Agora é a sério. FC Porto vence em Viseu e apura-se na Taça feminina