Apresentação de competências

2 meses atrás 66

Rui Borges dificilmente poderia pedir uma melhor estreia no Castelo. O Vitória venceu o Rayo Vallecano por 2-0, numa partida com qualidade e competência que baste. Jota Silva, o suspeito do costume, abriu o livro aos 54´, enquanto o reforço Marco Cruz apontou o segundo tento. Os madrilenos deram poucos sinais de perigo e a solidez defensiva do Vitória foi exemplar.

A chuva e o horário (quase duas horas antes do jogo) fizeram com que o D.Afonso Henriques estivesse bem mais despido do que o habitual aquando da subida dos jogadores, a compasso, ao relvado. Ainda assim, ovações de pé, mais audíveis para Jota Silva, Tomás Handel, Tiago Silva e Bruno Varela. Dos reforços, Chuchu Ramírez foi o mais aclamado. 

Os Conquistadores começam a temporada oficial na quinta-feira, em Malta, diante do Floriana, na primeira mão da segunda pré eliminatória da Conference League.

Sem muito brilho mas com muito brio

O primeiro onze de Rui Borges, à porta aberta, contou apenas com dois reforços. Chuchu Ramirez e João Mendes juntaram-se às caras conhecidas, num 4-2-3-1 ofensivo, com Nuno Santos como médio ofensivo e Mangas como extremo esquerdo, oferecendo a ala defensiva ao ex-dragão. Tiago Silva e Handel formaram o duplo pivô do meio campo, sendo este último o médio mais posicional. 

Desde cedo os Conquistadores mostraram vontade de querer pressionar num bloco médio-alto e ter mais bola, perante uma equipa com qualidade e que na passada quinta-feira empatou 2-2 com o rival do Minho, o SC Braga. Ainda perto do arranque da partida Jota atirou uma bola ao poste e Ramírez atirou ao lado na ressaca. O sinal estava dado. 

Os espanhóis foram tendo algumas dificuldades na construção e dificilmente chegavam à frente mas, na primeira ocasião, criou imediatamente perigo. De bola parada, Raúl de Tomás obrigou Varela a uma grande intervenção. O Vitória respondeu, com Tiago Silva de livre direto, a dar trabalho a Miguel Morro.

As oportunidades foram desaparecendo por conta de algum desacerto no último passe do Vitória, que teve mais volume ofensivo. O modelo atacante do Vitória parecia bem definido: as alas mais entregues aos laterais; o extremo do lado da bola a procurar entrelinhas, no momento da saída e o avançado a jogar mais em apoio do que à profundidade.

Competência e golos

No meio das 16 alterações ao intervalo, a toada do jogo manteve-se a mesma. O Vitória continuou mais forte e ofensivo e a bola lá entrou. Jota beneficiou de um ressalto dentro da área e, ao seu jeito característico, fuzilou de pé esquerdo para o fundo das redes. Enquanto o futuro parece ainda incerto, o internacional português fez o gosto ao pé para delírio do, já cheio, D. Afonso Henriques, com energia de um jogo que não amigável. 

Depois de mais cinco trocas nos vimaranenses, surgiu o segundo. O Rayo parecia de cabeça perdida (muitos duelos fortes e muita confusão) e os meninos do berço aproveitaram. Menos de um minuto depois das suas entradas em jogo, Alberto cavalgou pela direita e ofereceu o golo a Marco Cruz, estreante no castelo. Entrada fulgurante dos miúdos, que acabou com uma confusão entre jogadores das duas equipas. 

Até ao fim, apenas a solidez defensiva do Vitória é meritória de menção. 

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