Arábia Saudita junta-se à Fundação Bill Gates para erradicar poliomielite

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Na reunião especial do Fórum Económico Mundial (WEF), que decorre em Riade até segunda-feira, foi doado um total superior a 620 milhões de dólares (578,6 milhões de euros) para esta iniciativa.

Deste total, a Arábia Saudita comprometeu-se a fornecer aproximadamente 500 milhões de dólares (466,6 MEuro) ao longo dos próximos cinco anos, numa parceria público-privada com seis parceiros, incluindo a Fundação Bill e Melinda Gates.

Esta contribuição ajudará a fornecer serviços de saúde vitais, juntamente com vacinas contra a poliomielite, às populações carenciadas, através da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da UNICEF, tirando também milhões de pessoas da pobreza nos 33 países membros do Banco de Desenvolvimento Islâmico.

A partir de Riade, Bill Gates afirmou que o mundo está "muito perto" de erradicar uma das doenças mais evitáveis, "mas [a tarefa] não está completamente terminada até chegar a zero [casos], pois pode voltar a espalhar-se como antes".

"Podemos livrar-nos desta doença, da poliomielite", que causou a morte de centenas de milhares de crianças, e imaginar um mundo livre de doenças, mas isso requer "um esforço coletivo", acrescentou o filantropo e cofundador da Microsoft.

O ministro da Saúde saudita, Fahad bin Abdurrahman Al Jarajel, disse no púlpito da sessão do WEF que "alcançar um planeta livre da poliomielite seria um sucesso monumental e um testemunho da colaboração global".

Além disso, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, indicou, durante o seu discurso no painel intitulado "Preenchendo a lacuna na saúde", que o mundo está na "última milha" da sua missão de erradicar a poliomielite.

Desde que África se tornou livre da poliomielite, em 2020, os únicos dois países restantes com a doença endémica são o Paquistão e o Afeganistão.

Segundo a Fundação Bill e Melinda Gates, o compromisso dos países do Médio Oriente contribuiu para "reduzir os casos de poliomielite nesses países de mais de 300, em 2014, para 12, em 2023".

Mas "até que os casos de poliomielite cheguem a zero e o mundo seja certificado como livre da poliomielite, a Iniciativa Global de Erradicação da Poliomielite (GPEI) continuará a precisar de recursos", afirmou a fundação, em comunicado.

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