Armando Evangelista e o momento do Famalicão: «Prefiro olhar para o copo meio cheio»

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O Famalicão recebe o Nacional este domingo, pelas 15h30, em jogo a contar para a 7.ª ronda da Liga Portugal Betclic. Uma partida onde Armando Evangelista quer regressar às vitórias para o campeonato. 

Segundo o técnico dos minhotos, os insulares são um grupo que "manteve a estrutura e as exigências" da última temporada, em que subiu de escalão. "São uma equipa muito competente, que tem tido prestações, e não resultados, que demonstram qualidade. No entanto, temos que olhar para nós e internamente, queremos manter a nossa equipa e os processos que temos contra eles", analisou o treinador, de 50 anos, frisando que, "à imagem de 90 por cento das equipas portuguesas, o Nacional vale muito pelo conjunto que tem": "São poucas as equipas em Portugal que podem contratar cinco ou seis jogadores de individualidades diferenciadas. É verdade que esses valores existem, têm jogadores muito rápidos, evoluídos tecnicamente, mas valem muito por aquilo que é a equipa. Parece-me uma equipa trabalhada e organizada, sobre a qual nós temos que trabalhar também."

Tem que implementar o hábito da vitória depois de três jogos sem vencer? "Já temos esse hábito, está implementado, quem olhar para os dois últimos jogos vai ver que não foram vitórias, mas foram jogos em que a equipa demonstrou que vinha para ganhar. Merecia ter ganho e, talvez, não foi só da nossa responsabilidade. Em relação a este período e jogos, é uma realidade que quero olhar como um copo meio cheio. Analiso a minha equipa pela época que faz, e nela temos sete jogos de pré-época e seis de campeonato. Em 13 jogos, temos uma derrota e já falei aqui nas circunstâncias de alguns empates. É isto que me guia. Mostraram uma atitude fantástica em querer ir atrás do resultado. Mas vamos voltar a passar a mensagem, embora o espírito e o ambiente não seja algo que me preocupa."

O Famalicão não marcou golos no último jogo. Foi um dos aspetos que trabalhou com a equipa na semana? "Quando preparamos uma época, preparamos uma equipa. Não podemos ficar à espera de não marcar ou não ganhar para preparar a equipa para melhorar. Eles estão a representar uma massa adepta ambiciosa, temos de ser exigentes, mas todos os jogos têm três resultados possíveis. Não podemos esperar que um jogo corra bem ou mal. Se empatarmos, temos de trabalhar sobre melhorias, sempre. Temos de ser razoáveis e haver uma sequência, mas é um trabalho desde o início, não estamos à espera, procurámos antecipar as coisas."

Colocou o Rodrigo Pinheiro no lugar do Rafa Soares. É bom ter duas opções para todas as posições? "A competitividade é importante e as opções também, para que não haja ninguém com cansaço acumulado e possam evoluír dentro dessa exigência, dessa solução. É importante e é exatamente isso que um treinador procura, vou estar muito mais realizado no dia em que puder fazer mais trocas. Em alguns casos, há uma realidade diferente, um novo país, clube, cultura, uma série de questões que tem impacto. Nesse caso não. Queremos jogadores competitivos."

Mário González voltou a ser suplente depois de marcar como titular: O Mário e o Óscar Aranda são jogadores diferentes, úteis em momentos e estratégias diferentes. Assim como o Zabiri, todos podem fazer a mesma posição, mas têm caraterísticas diferentes. Em função do momento, temos de tomar decisões. Naquele jogo [com o Moreirense], dentro das caraterísticas do Mário, podia ser-nos mais útil nos últimos momentos do jogo, depois do trabalho inicial do Aranda. Isso veio-se a comprovar. Procurámos dar minutos aos três jogadores, com as melhores caraterísticas."

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