De acordo com a exposição do caso feita pelo embaixador Carlos Jose Arguello Gomez, há um sério risco de genocídio em Gaza, o que significa, afirma o representante da Nicarágua, que a Alemanha violou a Convenção do Genocídio de 1948 ao continuar a fornecer armas a Israel, depois de os juízes do Tribunal Internacional de Justiça terem reconhecido como plausível que Israel estivesse a violar alguns direitos, fixados na Convenção, durante o ataque a Gaza.
“Não pode haver dúvida de que a Alemanha (…) estava bem consciente, e está bem consciente, pelo menos do sério risco de genocídio que está a acontecer”, na Faixa de Gaza, afirmou o embaixador.
Arguello Gomez lembrou que os estados signatários da Convenção do Genocídio, como a Alemanha, também têm o dever de o prevenir.
Enquanto o Governo israelita continua a negar as acusações de genocídio, em reação a esta queixa apresentada pela Nicarágua contra a Alemanha, Berlim afirma que o caso apresentado pela Nicarágua não tem fundamento.
A Alemanha vai responder às acusações na terça-feira.
Desde os ataques do Hamas, a 7 de outubro, que mataram 1.200 israelitas, que a Alemanha tem sido um dos aliados mais leais de Israel.Os alemães são também dos maiores exportadores de armas, ao enviar equipamento militar e armas no valor de 326,5 milhões de euros para Israel, segundo dados do Ministério alemão da Economia.
O caso da Nicarágua no TIJ baseia-se num caso de genocídio movido pela África do Sul contra Israel.