Artur está desaparecido há meio ano. "Um caso esquecido em Portugal"

2 horas atrás 24

O desaparecimento do nómada digital Artur Lorenz, visto pela última vez há seis meses, no dia 4 de maio, em Viseu, continua envolto em mistério.

O homem, de nacionalidade alemã e 39 anos, estava a fazer uma viagem pela Europa e permanecia há vários meses em Portugal quando deixou de dar notícias à família.

Ao longo dos meses, foram surgindo várias pistas, mas nenhuma conduziu ao seu paradeiro.

Sabe-se que a última vez que Artur foi visto foi a 4 de maio, no Miradouro Santa Luzia, em Viseu. A sua carrinha, assim como a bicicleta, foram encontradas carbonizadas, duas semanas após o alerta de desaparecimento, num terreno privado de Moure de Carvalhal.

"Desiludida" com a forma como as autoridades portuguesas trataram o caso, a família de Artur contratou um investigador privado, que veio da Alemanha até Portugal para analisar os veículos queimados.

Vestígios de ossadas encontradas em carrinha carbonizada

Em julho, ao Notícias ao Minuto, a irmã de Artur, Sabine Schell revelou que as amostras recolhidas e analisadas, posteriormente, num laboratório alemão, revelaram vestígios de ossadas humanas.

Na altura, Sabine disse acreditar que o irmão tinha sido queimado junto com a carrinha.

Agora, à CNN Portugal, o marido desta, Albert, expressou o mesmo sentimento, uma vez que a família tem acesso às contas bancárias do nómada digital e nunca mais foram registados movimentos.

"Para mim ele não está vivo", admitiu, acrescentando, contudo, que os pais da mulher a esperança é a última a morrer.

O que para Albert é certo é que o cunhado não tinha razões para desaparecer por sua própria vontade.

"Fomos deixados sozinhos"

"Ele era livre, não tinha problemas. Tinha uma boa relação com os pais, com a irmã e também com os nossos filhos, ele era um excelente tio. Não havia motivos para o desaparecimento", garantiu o homem, que esteve em Portugal a fazer buscas por Artur e chegou mesmo a ser interrogado pela Polícia Judiciária (PJ).

Sobre a atuação das autoridades, Albert reitera as acusações já feitas por Sabine. "Fomos deixados sozinhos nesta situação. Estamos a mais de mil quilómetros de distância. É como se fosse um caso esquecido em Portugal. É o sentimento da família", atirou, adiantando que sabem que a carrinha já foi retirada do local onde foi encontrada carbonizada, mas não sabem onde é que ela está neste momento.

"Não temos informação das autoridades portuguesas", notou.

Ao Notícias ao Minuto, a PJ confirmou apenas que a "investigação está a decorrer", sem detalhar mais informações sobre o processo.

Já segundo a CNN Portugal, o inquérito ao caso, que decorre no DIAP de Justiça, está em "segredo de Justiça".

Artur tem 1,75 metros e é natural de Heilbronn, no sul da Alemanha.

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