As notas do Portugal-França: Pouco CR7 numa despedida amarga

2 meses atrás 73

Acabou o sonho português de voltar a conquistar o título de 2016. Depois de um nulo contra França, que se estendeu no prolongamento,  na noite de sexta-feira, a seleção nacional caiu aos pés dos gauleses nas grandes penalidades e foi eliminada do Euro'2024. 

O jogo em Hamburgo não foi o mais bem disputado, das duas partes, mas bem pode dizer-se que Portugal  foi perdendo várias oportunidades de golo que dariam um desfecho diferente e que garantiriam um bilhete para as meias finais da prova, na qual iria medir forças com Espanha. 

No entanto, no futebol só contam as bolas que entram na baliza e tal só aconteceu nas grandes penalidades, mas sem direito ao São Diogo que havia salvado a equipa das quinas frente à Eslovénia. Em poucos dias, Portugal passou do doce sabor dos penáltis ao sentimento mais amargo de ficar pelo caminho no Europeu por conta de uma bola no ferro batida por Félix, que não pode ser visto como o grande vilão desta caminhada em solo germânico.

Vamos aos protagonistas. 

A figura 

Nuno Mendes foi o um autêntico comboio, que fez quase tudo bem. Ora a defender, ora a atacar, o lateral esquerdo luso esteve a um nível altíssimo durante os 120 minutos e a sua exibição só não foi perfeita porque à beira do fim do prolongamento não teve a força necessária para marcar o golo que valeria a qualificação a Portugal. Tal como no resto do Europeu, Nuno Mendes foi um dos melhores portugueses em campo. 

A surpresa

Francisco Conceição entrou com vontade de desfazer o nó que se verificava no relvado de Hamburgo. O jovem extremo 'voltou' ao lugar habitual, à direita, e foi uma pedra no sapato para os franceses. Ofereceu o golo a Cristiano Ronaldo e a João Félix, mostrando fazer parte do futuro desta seleção. 

A desilusão 

Cristiano Ronaldo despediu-se da pior forma dos Europeus. Mais do que não ter marcado qualquer golo nesta edição, o capitão português foi uma unidade a menos frente aos franceses. Nunca conseguiu ganhar os duelos contra Saliba e tão pouco teve a habilidade habitual de causar perigo quando a bola lhe chegou aos pés. Na retina fica o lance no prolongamento, em que na cara da baliza, envia a bola para as bancadas. 

Os selecionadores

Roberto Martínez 

O selecionador nacional apostou no mesmo onze que jogou contra a Eslovénia e viu a equipa mostrar os mesmos sinais, pese embora o nível exibicional tenha sido melhor face ao que acontecera em Frankfurt. Desta feita, é justo dizer que Martínez soube ir refrescando a equipa. A entrada de Francisco Conceição, por exemplo, foi certeira. O único 'pecado' prendeu-se com a aposta desmedida, uma vez mais, em Cristiano Ronaldo. 

Didier Deschamps 

Quem segue esta França de Deschamps não terá ficado surpreendido com a abordagem neste duelo com Portugal. A equipa francesa aposta num futebol cínico e esteve sempre à espera que Portugal metesse um pé em falso para partir para o contra-ataque. 

O árbitro 

O inglês Michael Oliver aplicou um critério largo, ao estilo Premier League, e quase sempre decidiu bem, pese embora por vezes queira ter mais protagonismo do que aquele que, na teoria, deve ter. 

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