Ases de trunfo estavam no banco

O Moreirense venceu durante muito tempo, mas a partida acabou com empate diante do Estrela da Amadora. Cónegos e tricolores empataram 2-2, resultado que deixa os tricolores mais satisfeitos, com mais um pontodo que o Portimonense, que está no lugar de playoff de despromoção.

Castro voltou aos titulares e inaugurou o marcador, que o Moreirense estendeu no último minuto da primeira parte, num penálti onde Brígido acabou por colocar a bola na sua baliza, depois de esta bater no poste. O Estrela reagiu bem e reduziu por André, aos 53 minutos. Kikas, já nos cinco minutos finais, assinou o empate final. Mansur acabou expulso já em tempo de compensação.

Lei do mais forte

Ambas as equipas deram sinal de mudança face às derrotas na última jornada. Dado aos castigos de Alanzinho e Ofori, Castro e Rúben Ismael surgiram no meio-campo dos cónegos, voltando Franco para uma posição de terceiro médio, que também já desempenhou ao longo da temporada. Já o Estrela da Amadora alterou duas peças em relação à derrota diante do Sporting. Mansur e Hevertton entram para as alas, Ronaldo Tavares, Leo Jabá e André jogaram no ataque, com Bucca a recuar para médio-centro. 

A partida começou um pouco morna. Erros básicos - de parte a parte - e pouco produtivo no que tocava a aproximações às balizas. Kewin tremeu com os pés duas vezes e colocou o Moreirense com atenções redobradas. Kodisang foi sendo o mais esclarecido dos axadrezados, enquanto Bucca era o motor dos tricolores. 

Algo emaranhado e dividido, apenas um momento de inspiração seria capaz de desatar um nó tão bem apertado. Castro pegou na batuta e replicou Berlim. O médio tabelou com Franco e rematou rasteiro de fora da área para inaugurar o marcador.

Os estrelistas tremeram com o golo sofrido e permitiram o segundo do Moreirense. Mansur (primeira parte muito fraca) cometeu grande penalidade sobre Camacho e o madeirense aumentou as contas - ainda a meias com Brígido, que acaba por inserir a bola na própria baliza - bem perto do intervalo. 

A recuperação estava no banco

Com desvantagem de dois golos e necessidade de pontuar para escapar de forma mais veemente aos lugares mais baixos da tabela, Sérgio Vieira operou uma mini revolução ao intervalo. Regis, Kikas e Leo Cordeiro entraram e a resposta foi imediata. Logo aos 8´ do segundo tempo, Mansur obrigou Kewin a defesa apertada e, na recarga, André encostou com a baliza aberta, relançando a partida. 

O Moreirense parecia uma sombra do que é apanágio e passou dificuldades evidentes ao longo da metade complementar. Kikas testou o guardião adversário por duas vezes, sem sucesso, e seguiu-se um festival de bolas paradas, que com maior ou menor facilidade os da casa foram aliviando. 

A alma tricolor não desanimou com as oportunidades a esbarrarem na muralha verde e branca. O Estrela continuou a busca pelos pontos que dariam a salvação e, com ajuda dos jogadores que saltaram do banco, cozinhou o empate. Regis, Leo Cordeiro, Rúben Lima e Kikas, com estes dois últimos com assistência e golo, respetivamente. 

Na fase mais vigorosa do Estrela, Mansur foi expulso e hipotecou reação ainda mais cabal dos estrelistas.