Assembleia Municipal de Lisboa manifesta pesar pela morte do poeta Nuno Júdice e do antigo futebolista Minervino Pietra

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Em reunião plenária, a assembleia aprovou, por unanimidade, quatro votos de pesar pelo falecimento de Nuno Júdice, apresentados pelos grupos municipais de PEV, PS, PPM e PSD, cumprindo um minuto de silêncio em sua memória.

Nascido na Mexilhoeira Grande, em Portimão, no distrito de Faro, em 29 de abril de 1949, Nuno Júdice veio estudar para Lisboa, cidade onde se formou e viveu.

Reconhecido poeta, ensaísta, ficcionista e professor universitário português, Nuno Júdice morreu no domingo, em Lisboa, aos 74 anos.

O voto de pesar do PEV recorda o poeta como “um dos escritores mais prolíficos da literatura portuguesa contemporânea”, com uma obra constituída por quase 50 títulos de poesia, duas dezenas de livros de ficção, mais de uma dezena de ensaios literários e ainda quatro livros de teatro.

“Pelas funções que exerceu no domínio da política cultural, Nuno Júdice tornou-se uma figura de relevo, não apenas pela sua obra literária”, enaltece o PEV.

Também o PS lembra Nuno Júdice como “um dos mais importantes nomes da poesia contemporânea nacional”, referindo que “falava pouco, escrevia muito" e gostava de se apresentar como “operário da escrita”.

“Entre os poetas contemporâneos portugueses, Nuno Júdice foi um dos mais traduzidos, tendo alcançado um notável reconhecimento internacional”, refere o PS, destacando ainda o contributo que teve para o debate cultural no país a partir do final dos anos 60.

O voto de pesar do PPM afirma que Nuno Júdice “não cativou apenas leitores com a sua poesia, deixou também uma marca indelével na cultura portuguesa”, considerando que “a sua habilidade incomparável de tecer palavras, sentimentos e reflexões em versos elevou a poesia a um patamar de sublime expressão”.

“Neste momento de luto, honramos não apenas o legado literário deixado por Nuno Júdice, mas também a sua presença marcante e inspiradora. Que as suas palavras continuem a ecoar através das páginas dos seus livros, inspirando gerações presentes e futuras a descobrir a beleza e a profundidade da poesia”, lê-se no voto do PPM.

O grupo municipal do PSD reforça que Nuno Júdice é uma “referência incontornável” da poesia contemporânea portuguesa, que produziu “uma obra vasta, muito original, muito consiste e coerente”.

“A sua obra poética e o seu trabalho de décadas em diferentes instituições foram um contributo maior para a singularidade, o cosmopolitismo e a projeção da literatura portuguesa. A sua memória perdurará certamente em todas as futuras gerações que o lerão em Lisboa, em Portugal e no mundo”, afirma o PSD.

Em memória do antigo futebolista Minervino Pietra, ex-lateral direito do Benfica e da seleção portuguesa, que morreu em 07 de março, aos 70 anos, a assembleia aprovou, por unanimidade, dois votos de pesar, apresentados pelo PSD e pelo Chega.

Subscrito pelo PS, o voto do PSD afirma que Minervino Pietra foi “um desportista de eleição”, “um profissional de excelência e um homem de raro caráter”.

“Lisboeta de nascimento e de vida, Pietra dedicou mais de metade da sua vida ao Benfica, como jogador, analista e, mais tarde, como treinador residente de várias equipas técnicas do plantel profissional de futebol do clube”, indica.

O voto de pesar do Chega refere que Minervino Pietra é uma referência na modalidade de futebol e um símbolo do desporto ligado à cidade de Lisboa.

“Para todos os que trabalharam com Minervino Pietra, a mensagem comum é de profissionalismo, de saber, possuidor de um grande espírito de liderança, deixando uma herança muito rica na modalidade, nos clubes e na cidade de Lisboa”, reforça o Chega.

Por unanimidade, a assembleia aprovou ainda um voto do PSD pelo falecimento do fotógrafo Francisco Marques Apolinário, conhecido como Apollo, que fotografou inúmeros artistas portugueses do século XX e que morreu no domingo, aos 94 anos.

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