Ataque a acampamento faz dezenas de mortos em Gaza

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Guerra Israel-Hamas

10 set, 2024 - 10:14 • Reuters

Moradores e médicos disseram que o acampamento de tendas perto de Khan Younis na área de Al-Mawasi, que Israel designou como zona humanitária segura para palestinianos deslocados, foi atingido por, pelo menos, quatro mísseis.

Um ataque de mísseis israelitas incendiou um acampamento para palestinianos deslocados no sul de Gaza, fazendo mais de 40 mortos, segundo o serviço de emergência civil do enclave. O exercito israelita referiu-se ao local como sendo um centro de comando do Hamas.

Segundo a administração de Gaza, controlada pelo Hamas, o ataque — além de ter feito mais de 40 mortos — terá causado ferimentos noutras 60 pessoas. Muitas continuam desaparecidas enquanto as equipes de resgate continuam as suas buscas durante a manhã desta terça-feira.

Moradores e médicos disseram que o acampamento de tendas perto de Khan Younis na área de Al-Mawasi, que Israel designou como zona humanitária segura para palestinianos deslocados, foi atingido por, pelo menos, quatro mísseis. O acampamento está cheio de famílias que receberam ordens do exército israelita para abandonar outras partes do território.

O serviço de emergência civil de Gaza disse que pelo menos 20 tendas foram incendiadas e que os mísseis causaram crateras de até nove metros de profundidade. Entre as vítimas, disse a mesma fonte, há mulheres e crianças.

"As nossas equipes ainda estão a retirar mártires e feridos da zona. Parece um novo massacre israelita", disse um oficial de emergência civil de Gaza à agência Reuters, acrescentando que estão a ter dificuldades em encontrar as vítimas soterradas.

O exército israelita disse, por seu turno, que "atingiu importantes terroristas do Hamas que estavam a operar dentro de um centro de comando e controle dentro da área humanitária em Khan Younis".

"Os terroristas avançaram e realizaram ataques terroristas contra as tropas das Forças de Defesa de Israel e o estado de Israel", lia-se no comunicado. O Hamas, grupo islâmico que controlava Gaza antes do conflito, negou as alegações de que homens armados estavam presentes na área visada e rejeitou as acusações de que explorava aquelas áreas civis para fins militares.

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