Ataque ao Centro Ismaili, JMJ e gémeas. As mais lidas de País em 2023

O ano de 2023 está prestes a terminar e foram inúmeros os acontecimentos que marcaram a atualidade durante os últimos 365 dias. 

No começo do ano, mais precisamente em fevereiro, um forte sismo abalou a Turquia e a Síria e deixou Portugal em alerta. Morreram mais de 50 mil pessoas e, em Portugal, um especialista disse mesmo que um "sismo de grande intensidade vai ocorrer em Lisboa".

Em março, o país mergulhou em choque com o ataque ao Centro Ismaili. Mariana Jadaugy, de 24 anos, e Farana Sadrudin, de 49, duas mulheres portuguesas, morreram ao serem atingidas por um homem afegão, que entrou na sala onde decorria uma aula, armado com uma faca. 

Abdul Bashir, que terá chegado a Portugal, depois de ter perdido a mulher num campo de refugiados na Grécia, ficou em prisão preventiva. E por lá se mantém ainda à espera do julgamento.

No mês seguinte, nova história marcante, mas desta feita, de superação. Érica, à data com apenas 17 anos, esteve à deriva no mar mais de 20 horas após ter desaparecido enquanto praticava paddle, empurrada pelo vento. Tudo aconteceu ao largo da Praia do Coelho, em Monte Gordo, no Algarve. A jovem acabou sendo resgatada viva após ser avistada por um navio mercante, o MSC REFF.

Depois do resgate, Érica foi encaminhada para Tânger, em Marrocos, para onde a embarcação se dirigia, e, posteriormente, trazida de volta para Portugal. Após alguns dias de internamento, acabou por ter alta.

Pouco depois, novo choque nacional. Diana Pereira de Carvalho, médica interna no Hospital de Faro, acusou publicamente o ex-orientador de formação e o diretor do Serviço de Cirurgia do Hospital de Faro de vários casos de erro e negligência registados naquela unidade hospitalar entre janeiro e março deste ano.

Após várias acusações de parte a parte, a médica acabou mesmo por se demitir, um dos médicos foi suspenso e há investigações ainda a decorrer.

Falando de temas mais leves, Portugal viveu um grande rebuliço aquando das gravações, no nosso país, do último filme do Velocidade Furiosa. Muitos terão beneficiado com essa passagem, mas esse não foi o caso de Carminha e Bernardo. O casal relatou ao Notícias ao Minuto como desperdiçou uma proposta “apetecível”. Ofereceram-lhes 31.500 euros para usarem a casa para as gravações mas o casal… recusou. 

Viviam-se tempos de acalmia quando, em julho, rebenta novo escândalo. Portugal fica a conhecer o autoproclamado Reino do Pineal, uma seita religiosa localizada dentro de Oliveira do Hospital. 

A PGR investiga a seita onde ocorreu a morte de um menor, filho do fundador, um antigo 'chef' de cozinha estrangeiro que pretende formar ali, tal como indica o próprio título, um reino soberano.

Chegados a agosto, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) dominou o mês, com todas as suas polémicas. O preço do altar-palco, a morte de uma colombiana durante o evento e até mesmo os peregrinos desaparecidos dominaram as notícias, mas também os elogios feitos pelo Papa Francisco, que chegou a dizer que o evento “superou todas as expectativas”. A esta data ainda não são conhecidos todos os gastos do evento, nomeadamente os da Igreja.

Entretanto, em novembro, o caso da grávida desaparecida na Murtosa deixa o país em suspenso. Há um suspeito - que está em prisão preventiva - mas não há corpo.

As buscas prosseguem e a família desespera, mas, até ao momento, o paradeiro de Mónica Silva permanece desconhecido. Fernando Valente, o suspeito, seria o pai da criança que a mulher esperava.  

No mesmo mês, Marcelo Rebelo de Sousa torna-se no protagonista de uma polémica que o envolve num caso de favorecimento a duas gémeas luso-brasileiras.

As meninas, com atrofia muscular espinhal, terão recebido tratamento no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, depois de o filho do Presidente da República, Nuno Rebelo de Sousa, ter, alegadamente, intervindo no caso. O próprio Marcelo confirmou ter recebido um e-mail do filho, mas nega qualquer "favorecimento". 

O final do ano ficou ainda marcado por um estranho caso que afetou uma família em Coimbra, levando à morte de uma criança de sete anos e à da mãe, de 48 anos. A hipótese de intoxicação alimentar já foi afastada, tendo sido encontrada a presença de um "agente químico".

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