Ataque ao Líbano: "Conselho de Segurança tem de desempenhar o seu papel"

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Médio Oriente

24 set, 2024 - 14:56 • Lusa

Há um "número alarmante" de mortos no Líbano, escreveu o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, nas redes sociais.

O chefe da diplomacia da União Europeia lamentou esta segunda-feira "o número alarmante" de mortos no Líbano na sequência dos ataques israelitas, lembrando o papel que o Conselho de Segurança da ONU deve desempenhar na promoção de um cessar-fogo imediato.

"O número de mortos dos ataques israelitas no Líbano é alarmante. Os últimos números referem mais de 500 mortos, com 50 crianças entre as vítimas", escreveu o Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, numa publicação na rede social X (antigo Twitter). Na mensagem escrita a partir de Nova Iorque, onde se encontra a participar na Assembleia-Geral da ONU, o chefe da diplomacia comunitária vincou que "o Conselho de Segurança tem de desempenhar o seu papel".

"Precisamos urgentemente de travar o caminho para a guerra. Ambas as partes têm de implementar um cessar-fogo imediato", adiantou Josep Borrell.

Esta segunda-feira, o Governo do Líbano elevou de 491 para 558 mortos o balanço dos ataques israelitas na segunda-feira, o número mais elevado desde a última guerra entre o movimento xiita libanês e pró-iraniano Hezbollah e Israel em 2006. O balanço foi atualizado pelo ministro da Saúde interino, Firas Abiad, numa conferência de imprensa conjunta com o chefe do Sindicato dos Proprietários de Hospitais, Suleiman Haroun.

Firas Abiad precisou que a lista de mortos inclui 50 crianças e 94 mulheres, o que a seu ver "desmente todas as alegações israelitas de que os combatentes estão a ser visados".

"A grande maioria, se não todos, eram pessoas desarmadas nas suas casas", afirmou Abiad, citado pela agência francesa AFP. Abiad anunciou também que foram contabilizados 1.835 feridos até agora.

Antes desta publicação na rede social X, Josep Borrell já tinha manifestado preocupação com a escalada das tensões entre Israel e o Hezbollah, tendo pedido a mediação dos líderes, reunidos esta semana na ONU, para evitar "uma guerra total".

Borrell reuniu-se informalmente, na segunda-feira, com os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, e afirmou que o tema central foi o ataque de Israel ao movimento xiita libanês Hezbollah e a incapacidade do Conselho de Segurança para "tomar decisões".

O Hezbollah tem atacado o norte de Israel a partir do sul do Líbano para apoiar o grupo palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza desde há quase um ano. A ofensiva foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita em 07 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas, segundo Israel.

Os atacantes também fizeram duas centenas de reféns que levaram para Gaza. O Hamas, que governo Gaza desde 2007, contabilizou mais de 41.400 mortos desde o início da ofensiva israelita no enclave palestiniano.

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