Ataque falso em Manchester? Pai e filha ganham caso contra ex-produtor

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Martin e Eve Hibbert, um pai e filha britânicos que ficaram gravemente feridos no ataque terrorista na Manchester Arena, em Inglaterra, ganharam, esta quarta-feira, um processo de assédio contra Richard Hall, um antigo produtor de televisão que alegou que a tragédia era uma farsa.

Segundo a agência de notícias The Associated Press (AP), o pai e a filha  processaram Hall por alegações falsas após o ex-produtor ter afirmado em vídeos, num filme e num livro que o ataque na Manchester Arena - que vitimou 22 pessoas após um concerto de Ariana Grande - foi encenado com atores e que ninguém morreu ou ficou ferido, apesar de "milhões de pessoas terem comprado a mentira". 

"Não tenho dúvidas de que a sua conduta foi um abuso negligente, ou mesmo imprudente, da liberdade de imprensa", considerou a juíza Karen Steyn. "Ao longo de vários anos, publicou repetidamente falsas alegações, baseadas em técnicas analíticas pouco rigorosas, ignorando a realidade óbvia e trágica que tantas pessoas comuns atestaram", acrescentou, citado pela AP.

O ataque foi levado a cabo, a 22 de maio de 2017, por Salman Abedi, que se fez explodir com uma bomba escondida numa mochila quando os fãs de Ariana Grande abandonavam o local. Martin Hibbert ficou paraplégico e a filha, que tinha 14 anos na altura, ficou com graves danos cerebrais. 

O queixoso considerou a decisão uma "vitória". "Estou muito satisfeito não só com a decisão global, mas também com os muitos comentários do juiz sobre o carácter inaceitável do comportamento de Hall. Quero que isto abra a porta à mudança e ajude a proteger outras pessoas do que nos aconteceu no futuro", disse.

Apesar de se encontrar na Líbia no dia do atentado, o irmão mais velho de Salman Abedi, Hashem Abedi, foi condenado a mais de 50 anos de prisão por ter ajudado a planear o ataque.

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