Ataques russos matam cinco pessoas da mesma família na Síria

8 meses atrás 99

"No dia 25 de dezembro, às 22:00 locais (19:00 de Lisboa) aviões de combate russos atacaram casas habitadas por civis" nos arredores da cidade de Armanaz, na província de Idlib, relatou Abdel Halim Shehab, um socorrista da organização Capacetes Brancos.

Foram retirados dos escombros "seis membros da mesma família: o pai, a mãe e três dos seus filhos, enquanto uma quarta criança, ferida, sobreviveu", acrescentou a mesma fonte.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido e com uma vasta rede de fontes na Síria, confirmou também as vítimas destes ataques russos.

O reduto rebelde de Idlib, onde vivem cerca de três milhões de pessoas, é parcialmente controlado pelo grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham (HTS).

A Rússia, principal apoiante do regime do Presidente sírio Bashar al-Assad, intervém militarmente na Síria desde 2015 e leva a cabo ataques regulares contra os rebeldes que controlam a região de Idlib.

Em outubro, o exército russo e as forças do regime sírio intensificaram os seus ataques contra Idlib, respondendo a um ataque de 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) contra o exército sírio e que provocou mais de 100 mortos.

O Ministério da Defesa sírio divulgou que tinha "abatido oito 'drones'" lançados por "organizações terroristas" desde áreas controladas por rebeldes para localidades controladas pelo regime.

Já no domingo, o Ministério da Defesa tinha anunciado ter abatido sete 'drones' lançados nas províncias de Homs e Aleppo (norte).

Um cessar-fogo negociado pela Rússia e pela Turquia foi declarado em Idlib após uma ofensiva do regime em março de 2020, mas é recorrentemente violado.

A guerra civil na Síria, desencadeada em março de 2011 pela violenta repressão do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, de manifestações pacíficas, já provocou mais de meio milhão de mortos e obrigou à deslocação de vários milhões de pessoas.

O conflito ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos 'jihadistas', e várias frentes de combate.

Leia Também: Irão acusa Israel de matar um dos seus comandantes na Síria

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