Atividade na zona euro continua a recuperar à boleia dos serviços

1 semana atrás 31

Os PMI para a zona euro estão em máximos de onze meses, impulsionados por um sector dos serviços forte que tem registado melhorias importantes do lado da procura.

A zona euro continua a trajetória de recuperação após largos meses de contração da atividade, impulsionada novamente pelo sector dos serviços apesar de persistirem pressões inflacionistas ainda bastante evidentes.

O índice de gestores de compras (PMI) da zona euro em abril voltou a subir, chegando a 51,7, um máximo de onze meses e a segunda leitura consecutiva acima de 50 pontos, ou seja, sinalizando uma expansão da economia. Esta melhoria foi novamente suportada pelo sector terciário, onde as dificuldades têm sido menores do que do lado da indústria.

Os serviços registaram também o ritmo de crescimento mais elevado nos últimos onze meses com uma leitura de 53,3, a terceira seguida em terreno de expansão e acima da projeção de 52,9. Segundo os detalhes, a procura foi o principal motor desta evolução, com o sector a registar uma criação de empresas a um ritmo sem equiparável desde maio do ano passado.

Cyrus de la Rubia, economista chefe do HCOB, banco responsável pelo inquérito, fala em notícias “bastante boas”, salientando o terceiro mês seguido de crescimento do sector dos serviços. A produtividade continua a ser um problema e as pressões do lado dos custos continuam a existir, mas o sector tem passado boa parte deste agravamento aos consumidores, o que espelha uma procura forte.

“Esta tendência sugere um otimismo crescente entre as empresas de serviços, um sentimento reforçado pelas expectativas de negócio, que estão atualmente muito mais fortes do que nos últimos dois anos”, acrescenta o responsável.

Em linha com este avanço do sector, o emprego cresceu ao nível mais acelerado desde meados de 2023, enquanto a capacidade instalada também teve de reagir em alta. Consequentemente, os entupimentos e atrasos na produção aumentaram, embora apenas marginalmente.

Por país, Espanha continua a liderar, reforçando a ideia de que as economias periféricas e do Sul , nomeadamente a ibérica, estão a puxar pelo bloco da moeda única. Ainda assim, Alemanha e França registaram ambas máximos de quase um ano para o subindicador dos serviços, sinalizando que o ponto de viragem deve estar a materializar-se agora.

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