“Ato grotesco de traição”. Chega critica financiamento português de 34 milhões a fortaleza em Luanda

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“Vamos estar a pagar dos nossos impostos para que outro país assinale uma luta onde foram mortos soldados portugueses?”, questionou André Ventura nas redes sociais. Atribuição de verba foi decidida a 10 de dezembro e visa a reconversão de uma fortaleza em Lunda no Museu de Libertação Nacional.

O Chega, através do seu presidente, criticou o apoio do Estado português a Angola no valor de 34 milhões de euros para a reabilitação da Fortaleza de São Francisco do Penedo, em Luanda, verba aprovada em Conselho de Ministros a 10 de dezembro deste ano como “apoio direto ao Orçamento Geral do Estado de Angola”.

“Então há hospitais onde faltam medicamentos e equipamentos básicos, e vamos gastar mais de 30 milhões de euros a apoiar uma ditadura a construir um Museu da Libertação Nacional? Vamos estar a pagar dos nossos impostos para que outro país assinale uma luta onde foram mortos soldados portugueses? Isto é um ato grotesco de traição a Portugal. Estes políticos são uns traidores!”, escreveu André Ventura na sua página no “X” (Twitter).

Então há hospitais onde faltam medicamentos e equipamentos básicos, e vamos gastar mais de 30 milhões de euros a apoiar uma ditadura a construir um Museu da Libertação Nacional? Vamos estar a pagar dos nossos impostos para que outro país assinale uma luta onde foram mortos… pic.twitter.com/T0QslrU25T

— André Ventura (@AndreCVentura) December 28, 2023

O memorando de entendimento foi rubricado pela parte portuguesa por João Gomes Cravinho e pelo embaixador de Portugal em Angola, Francisco Alegre, e pelo ministro das Relações Exteriores angolano, Téte António.

“A sua conversão no Museu de Libertação Nacional para nós tem um significado muito especial, porque acontece precisamente à beira de se iniciar o ano em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril e um ano antes de se iniciar a celebração do aniversário dos 50 anos da independência de Angola”, disse o chefe da diplomacia portuguesa, no final da assinatura do acordo.

Em declarações à imprensa, Cravinho salientou que à medida que Portugal se aproxima do 50.º aniversário do 25 de Abril é muito importante, sobretudo para os mais novos, recordar sempre que a liberdade portuguesa tem muito a ver com a luta pela libertação colonial dos povos em vários países africanos colonizados na altura por Portugal.

“Há aqui uma relação simbiótica, porque essas lutas pela liberdade, pela independência, dos povos africanos, incluindo o povo angolano, é um estímulo muito importante para a luta pela liberdade em Portugal”, referiu.

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