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A antiga estrela de cinema, cuja fundação está comprometida com a causa animal, manifestou-se numa carta citada pela agência France-Presse (AFP) contra um projeto de lei muito polémico que vai até à eutanásia de cerca de quatro milhões de cães vadios no país.
"A Turquia tem sido até agora um exemplo de compaixão pelos cães e gatos vadios que conseguem viver em harmonia com a população", frisou Brigitte Bardot.
"Não deixemos que a Turquia se torne um país mal-amado e criticado pela sua indiferença e crueldade para com os seres sencientes que são os nossos companheiros mais fiéis", insistiu.
O projeto de lei, que suscitou fortes protestos e a mobilização dos defensores dos direitos dos animais, mas também da oposição parlamentar, está a ser analisado na comissão parlamentar antes de ser apresentado em breve aos deputados.
O texto prevê a captura e esterilização de cães vadios, chegando mesmo à eutanásia para aqueles que não forem adotados.
"Além de cruéis, matar ou capturar são medidas contraproducentes que só pioram o número de cães e gatos vadios", alertou Brigitte Bardot.
"Temos um problema com cães vadios que não existe em nenhum país desenvolvido", defendeu Erdogan no final de maio, citando nomeadamente o aumento de casos de raiva -- a Turquia é classificada de "alto risco" pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - e acidentes devidos ou causados por caninos, que causaram 55 mortes e mais de 5.000 feridos nos últimos cinco anos.
Foi marcada para hoje à noite uma nova manifestação em Istambul para protestar contra esta lei.
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