Australiano Yang Jun sem forças para recorrer da pena de morte na China

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Detido na China desde 2019 por acusações de espionagem, o escritor australiano Yang Jun revelou à família que está sem forças para lutar contra a pena de morte imposta no início de fevereiro.

epa09230618 People walk past the Intermediate People's Court where Australian writer Yang Hengjun is expected to face trial, in Beijing, China, 27 May 2021. Australian writer Yang Hengjun, who was arrested in early 2019, is expected to face court in Beijing on espionage charges on 27 May 2021.  EPA/ROMAN PILIPEYi

O escritor australiano de origem chinesa Yang Jun foi detido durante uma visita à China em janeiro de 2019, quando vivia nos Estados Unidos.

ROMAN PILIPEY/EPA

O escritor australiano de origem chinesa Yang Jun foi detido durante uma visita à China em janeiro de 2019, quando vivia nos Estados Unidos.

ROMAN PILIPEY/EPA

O escritor australiano de origem chinesa Yang Jun não vai recorrer da pena de morte suspensa a que foi condenado por um tribunal de Pequim, anunciou esta quarta-feira a família, denunciando um sistema judicial desumano.

O romancista e blogger, defensor da democratização da China, foi considerado “culpado de espionagem” pelo tribunal no início de fevereiro, uma acusação que nega.

Autor australiano Yang Jun condenado a pena de morte suspensa na China

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A pena foi suspensa por dois anos. Na China, uma pena de morte suspensa é geralmente comutada para prisão perpétua após dois anos de prisão.

Nascido em 1965, este pai de dois filhos, com saúde fragilizada devido a um quisto num dos rins, disse à família que está sem forças para lutar contra as acusações de que é alvo.

“A apresentação de um recurso só iria atrasar a possibilidade de ele receber cuidados médicos adequados e supervisionados, após cinco anos de tratamento desumano e de uma falta abjeta de cuidados médicos”, declarou a família em comunicado.

“A deterioração do estado físico” de Yang não “lhe permite suportar mais dificuldades” em termos judiciais, acrescentou a nota.

A família do autor declarou que vai procurar tratamento médico para o “grave problema renal”.

Esta condenação pode vir a agravar ainda mais as relações entre a Austrália e a China, que se tinham deteriorado desde o ano passado.

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“Continuaremos a defender os interesses e o bem-estar do Dr. Yang e a prestar-lhe assistência consular”, declarou esta quarta-feira em comunicado a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Penny Wong.

“Louvo a força demonstrada pela família e amigos durante este período”, acrescentou.

Também conhecido pelo pseudónimo Yang Hengjun, o escritor tornou-se cidadão australiano em 2002.

O antigo diplomata chinês foi detido durante uma visita à China em janeiro de 2019, quando vivia nos Estados Unidos.

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