Autarca de Cartaya sobre Conceição: «Identificou-se como máxima autoridade portuguesa»

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Ainda na sequência da polémica a envolver Sérgio Conceição e Manuel Barroso Valdés, o autarca de Cartaya deu uma conferência de imprensa, na manhã desta terça-feira, onde voltou a comentar o episódio. Além disso, o político espanhol enumerou os delitos pelos quais acusa o técnico portista, tendo ainda condenado a posição do FC Porto.

«No momento em que me aproximo dele, identificou-se como máxima autoridade portuguesa. Digo-lhe que até podia ser a máxima autoridade em Portugal, mas, ali, não era ninguém para entrar em campo, e muito menos para agredir o árbitro», começou por dizer, ao mesmo tempo que admitiu não saber «quem era» Conceição.

«No balneário, aconteceu algo que não devia ter acontecido. Ele entra naquela zona com o filho e comete vários delitos, os quais vou ler e pelos quais os denunciámos: lesões à autoridade, atentado contra a autoridade, ameaças e alterações à ordem pública», prosseguiu.

Sobre a tese defendida pelos dragões, Barroso Valdés considerou-a «lamentável», sugerindo até um pedido de desculpas: «Antes de lançarem um comunicado em defesa do treinador, deviam ter ouvido a outra versão. É muito triste. Deviam fazer uma conferência de imprensa a pedir desculpa. Nunca fui agressivo na minha vida e nunca coloquei a mão em cima de ninguém. Vamos a tribunal e este alcaide vai defender-se. Não sei onde este homem quer chegar ou o que quer demonstrar.»

«Se tivéssemos imagens, isto já tinha acabado há uma semana. Não compreendia o facto de me dizer que era a máxima autoridade e por que razão estava do lado de fora do campo a insultar o árbitro. Percebi que era alguém importante quando começaram os empurrões no túnel e veio uma comitiva portuguesa protegê-lo», finalizou sobre o tema.