Troy Deeney fez, este sábado, uso do espaço de opinião que assina no jornal britânico The Sun, para recordar uma oferta do outro mundo que teve para rumar à Arábia Saudita no verão do ano passado, mas que recusou por questões familiares.
Atualmente sem clube depois de ter deixado o Forest Green Rovers, da quarta divisão inglesa, o avançado, de 35 anos, diz ter tido em cima da mesa uma oferta "de ir às lágrimas" para rumar ao país do Médio Oriente. No entanto, o jogador, de 35 anos, acabou por negar a oferta porque não o iriam deixar viver com os seus filhos.
"No verão passado, ofereceram-me uma quantia de ir às lágrimas para jogar na Liga saudita e pensei muito sobre o assunto. Aos 35 anos, sabendo que os meus dias de jogador estavam contados, recebi uma oferta de salário que teria sido confortavelmente o maior dinheiro que eu já ganhei. Ultrapassava em muito tudo o que ganhei como capitão do Watford na Premier League", frisou o dianteiro.
"Era muito tentador, mas eu tinha as minhas próprias razões para recusar a mudança. Não sou casado com a minha companheira - vamos dar o nó este verão - e, de acordo com a lei saudita, não me teria sido permitido viver na mesma casa que ela e os nossos filhos. Não há excepções para os futebolistas profissionais e, se aceitarmos ir trabalhar para um país, temos de respeitar a sua cultura e as suas leis. A minha mulher e os meus filhos teriam provavelmente vivido no Dubai, enquanto eu vivia na Arábia Saudita Eu não teria lidado bem mentalmente com o facto de estar longe deles durante a maior parte do tempo - ser deixado à minha sorte não é bom para mim", acrescentou.
Deeney, de 35 anos, avisou ainda que a Premier League não é um paraíso para todos os jogadores que por lá passam.
"Não se deve cair na armadilha de pensar que todos os jogadores da Premier League estão seriamente preparados e financeiramente preparados para a vida. Muitos tiveram sérios problemas de jogo, fizeram maus investimentos financeiros ou tiveram divórcios dispendiosos. Os jogadores podem também sentir-se tentados a jogar contra Cristiano Ronaldo, Karim Benzema e Neymar - eu sei que gostei do som desse desafio - e a ajudar a desenvolver uma liga emergente. Até se ir viver para outro país, com um modo de vida muito diferente, é impossível saber se se consegue lidar com isso", finalizou.
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