Aviões de passageiros fabricados na China em exposição em Hong Kong

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A cerimónia de boas-vindas aos C919 e ARJ21, outro jato fabricado pela estatal Commercial Aircraft Corp of China, teve lugar no aeroporto internacional de Hong Kong, um dia depois de ambos terem voado para fora da China continental pela primeira vez.

O líder de Hong Kong, John Lee, afirmou que o sucesso da China no desenvolvimento do jato de passageiros de grandes dimensões indica a sua "posição de liderança na indústria de fabrico de transportes".

John Lee acrescentou ainda que a visita dos dois aviões a Hong Kong demonstra a importância que a China atribui ao setor da aviação da região semiautónoma.

Mais de 1.000 encomendas foram já feitas para o C919, disse Lee. O Departamento de Aviação Civil de Hong Kong participou da certificação da aeronave e do treino de pilotos.

O C919 pretende concorrer com os modelos de corredor único Airbus A320 Neo e Boeing 737 MAX.

Mas, embora tenha concebido muitas das peças do C919, alguns componentes-chave continuam a ser fornecidos pelo Ocidente, incluindo o motor.

No sábado, o C919 deverá sobrevoar o cénico porto de Victoria, dando às pessoas que se encontram à beira-mar um vislumbre do novo avião, se o tempo o permitir.

Ambos os aviões vão estar em exposição no aeroporto internacional de Hong Kong até domingo e podem ser visitados por funcionários do governo, representantes da indústria aeronáutica ou grupos de estudantes.

A indústria aeroespacial é vista como um passo importante no caminho traçado pelos líderes chineses para tornar a China competitiva nos setores de alto valor agregado e numa potência inovadora.

Pequim está também focado em outros setores estrategicamente importantes, como 'chips' semicondutores, computadores, energias renováveis e a inteligência artificial.

A China deve tornar-se num dos maiores mercados de aeronaves do mundo nas próximas duas décadas.

O avião de passageiros C919 esteve em desenvolvimento durante 16 anos e recebeu a certificação em 2022. Tem um alcance máximo de cerca de 5.630 quilómetros e foi concebido para transportar entre 158 e 168 passageiros.

O avião fez o seu primeiro voo comercial em maio, entre Xangai e Pequim.

A COMAC entregou os seus primeiros ARJ21 em 2014. É um avião mais pequeno, com capacidade para 78 a 90 passageiros, dependendo da sua configuração, e com um alcance de até 3.700 quilómetros. Foi concebido como um rival dos aviões fabricados pela Bombardier, do Canadá, e pela brasileira Embraer SA.

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