As eleições do FC Porto estão cada vez mais perto e André Villas-Boas continua a sua campanha para tentar ser presidente dos azuis e brancos. Desta vez, concedeu uma longa entrevista ao Público/Rádio Renascença, onde abordou uma eventual derrota no processo eleitoral. O antigo treinador não teve dúvidas no que toca a esse desfecho e enumerou as razões para tal. «O FC Porto encontra-se numa situação limite, não queria estar a fugir às minhas responsabilidades, mas, em 2028, já não é para mim.» «Apresento-me agora com esta visão de futuro, rodeei-me das pessoas certas e que podem já não estar [disponíveis] para mim em 2028. O FC Porto, como o conhecemos, já não será o mesmo», disse, antes de abordar o futuro. «Dentro do associativismo, os clubes têm um grande desafio pela frente. Têm uma vantagem competitiva, pela cultura, valores e história, mas estão muito vinculados a determinadas receitas específicas: direitos televisivos, receitas da UEFA e receitas comerciais», acrescentou. «O futebol está em mudança permanente e é necessário para o FC Porto arranjar novas parcerias comerciais, crescer enquanto marca, como clube de associados igual ao legado desportivo que tem. Isso não está a acontecer. O FC Porto, caso não sejamos eleitos, de 2024 a 2028, será totalmente refém das decisões de pessoas relacionadas com o entorno de Pinto da Costa», referiu.