Balanço da participação na Arab Health 2024 é “claramente positivo”

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Foram 16 as empresas portuguesas que, ‘pela mão’ da AEP, estiveram nos Emirados Árabes Unidos para participarem na mais importante feira do sector. A saúde é uma preocupação cada vez maior na região.

Um total de 16 empresas portuguesas esteve na 49.ª edição da Arab Health – em viagem organizada pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), cujos responsáveis disseram ao JE que o saldo é muito positivo. “O balanço foi claramente positivo, a participação foi classificada por parte dos agentes económicos como muito positiva. São evidenciados os fatores da dimensão dos mercados do GCC (Conselho de Cooperação do Golfo) e as oportunidades que apresentam, assim como a qualidade dos contactos, especialmente no que respeita aos trade visitors, importadores e distribuidores que têm a oportunidade de contactar, provenientes de diversas regiões geográficas. As potenciais parcerias foram identificadas na sua maioria com parceiros dos Emirados Árabes Unidos, países da região do Golfo Arábico, continente africano a asiático”, explicou Jorge Marcolino, diretor da AEP Internacional, ao JE.

A viagem até à Península Árabe “foi considerada importante para a abordagem a novos mercados, quer no caso das empresas que participaram pela primeira vez, quer para as que procuram consolidar a sua presença nestes mercados, tendo sido identificadas várias potenciais parcerias que serão agora exploradas no sentido da efetivação de futuros negócios ou do desenvolvimento e aprofundamento das parcerias já existentes”.

Para se conseguirem oportunidades, as empresas nacionais têm forçosamente de se dar a conhecer, de se promoverem internacionalmente, de contactarem com os mercados e a participação em feiras internacionais continua a ser um dos instrumentos mais importantes da etapa da comunicação e promoção da empresa, de dar a conhecer os seus produtos, as suas inovações e do empresário conseguir “tomar o pulso” ao mercado. “E talvez faça ainda mais sentido a participação presencial nestes eventos, onde as empresas podem evidenciar os seus avanços inovacionais e tecnológicos sobretudo em áreas tecnológicas e de grande inovação, como se verifica na área da saúde, caracterizando-se estes certames como verdadeiras ‘plataformas de negócio’”.

“Depois, teremos as próprias tendências do mercado responsáveis pelo desafio, mas também a oportunidade para a indústria e isto implica um constante ajustar do reposicionamento no que toca à abordagem destes mercados, como de todos os outros ao nível internacional, e é isto que as empresas nacionais têm feito, apresentando todos os anos novos produtos e soluções aos mercados”, disse ainda Jorge Marcolino.

“A presença física presencial continua a ser indispensável, mesmo com o recurso a todas as novas tecnologias de comunicação, sendo que nestas geografias, o contato presencial e a relação de proximidade são os elementos que geram a confiança para o negócio. No fundo, quem não está, terá menos possibilidade de persistir num futuro próximo”.

Números ainda preliminares disponibilizados pela AEP revelam que na edição deste ano estiveram mais de 3.650 empresas oriundas de 150 países e um número de visitantes profissionais que terá ultrapassado os 110 mil, representando mais de 180 nacionalidades.

Recorde-se que, paralelamente à participação na feira, a AEP associou-se à AICEP e à Embaixada de Portugal nos Emirados Árabes Unidos para tornar a presença das empresas nacionais mais destacada. Assim, o programa da missão contou com várias reuniões institucionais com a participação de diversas empresas. Segundo a mesma fonte, são de realçar reuniões com a MUBADALA Health / M42, Ministry of Health and Prevention Dubai (MOHAP), Department of Health – Abu Dhabi (DOH), Dubai Healthcare City e ainda visitas a hospitiais e centros de saúde locais, quer no Dubai, Abu Dhabi, quer em Sharjah, respetivamente o Clemenceau Medical Center Dubai e a Sharjah Health Authority, que proporcionaram as empresas nacionais uma perspetiva global de como os sistema de saúde e as grandes infraestruturas se encontram organizadas.

Adicionalmente, a AEP, em parceria com o Portuguese Business Council de Abu Dhabi, organizou um Business Networking Event, que teve como objetivo proporcionar um momento de networking entre as empresas presentes na feira e missão, de informação sobre o mercado e setor da saúde, evento este que contou com a presença de entidades locais e a da diáspora portuguesa.

O sector de saúde nos países do GCC e no Médio Oriente está em ascensão, com projeções de atingir um valor estimado de aproximadamente 135 mil milhões de dólares até 2027. O crescimento anual previsto é superior a 5% – entre 2020 e 2022, as despesas com saúde na região registaram um crescimento de 9,5%.

Segundo a AEP, a região do GCC passa por uma onda de investimentos massivos no sector da saúde, com projetos que incluem hospitais, clínicas e centros de pesquisa, ultrapassando um total de 60 mil milhões de dólares. Em 2020, o mercado de saúde na região alcançou um volume de 150 mil milhões.

Em 2027, prevê-se que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos sejam responsáveis por quase 80% das despesas com saúde na região. Além disso, países como o Qatar, Bahrein, Omã e Kuwait estão projetados para registar taxas de crescimento de despesas de saúde entre 4,4% e 6,1%.

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