O Deutsche Pfandbriefbank AG reforçou as suas previsões de risco para este ano em 216 milhões de euros de modo a lidar com os problemas que o sector imobiliário enfrenta a nível mundial.
A continuidade das elevadas taxas de juro e os espaços de escritório a desvalorizarem, devido ao efeito do teletrabalho provocado pela pandemia, têm gerado uma crise no sector imobiliário a nível mundial, deixando promotores, investidores, mas também as entidades bancárias em estado de alerta, entre as quais o alemão Deutsche Pfandbriefbank AG que, de acordo com o “Insider”, já compara a atual crise no mercado com aquela que se viveu em 2008.
Depois de na última semana ter registado uma queda no preço das suas obrigações, o banco germânico reforçou as suas previsões de risco para este ano em 216 milhões de euros, de modo a lidar com os problemas que o sector imobiliário enfrenta a nível mundial.
De resto, o Deutsche Pfandbriefbank AG assume que tem dinheiro e ativos suficientes para resistir à instabilidade no sector e que pode funcionar durante os próximos seis meses sem necessidade de se financiar junto dos seus investidores.
Os receios de uma crise no imobiliário comercial aumentaram a nível em 2023, com os bancos centrais a manterem as taxas de juro mais elevadas do que na última década e as tendência do teletrabalho a provocar uma desvalorização dos espaços de escritórios.
No mercado norte-americano, a Moody’s Analytics revelou que a taxa nacional de escritórios vazios atingiu um recorde de 19,6% no último trimestre de 2023, cerca de 280 pontos base (p.b.) acima dos níveis pré-pandemia.
A comprovar esta tendência está o aumento expressivo de 357% das transformações de escritórios em habitações, segundo os dados da plataforma imobiliária ResiClub.
A juntar a isto está o facto de que mais de 140 mil milhões de euros em hipotecas sobre edifícios de escritórios nos EUA deverão vencer em 2024 e cerca de 280 mil milhões de euros em 2026, de acordo com a CommericalEdge.