O banco emissor tinha baixado as taxas de juro de 9% para 8,5% em fevereiro, após os sismos que abalaram o país deixando cerca de 50.000 mortos e estragos no valor de 100.000 milhões de euros, segundo estimativas do Governo turco.
Esse valor representa cerca de 9% do produto interno bruto (PIB) da Turquia em 2022 e pode baixar o crescimento em 1,4 pontos percentuais, de acordo com os mesmos cálculos.
No entanto, a instituição disse que não espera que os sismos devastadores registados no início de fevereiro tenham um efeito negativo permanente na economia do país.
O banco central reconheceu na sua análise de hoje que a inflação, que em fevereiro chegou a 55,18%, continuará em alta e considerou que é uma situação que se mantém a nível mundial.
A Turquia manteve durante uma boa parte de 2022 uma política de redução das taxas de juro por instruções do Presidente, Recep Tayyip Erdogan, que defende que essa estratégia fomenta o gasto, a produção e o emprego, mas muitos analistas consideram que se trata de uma manobra política tendo em vista as eleições gerais e presidenciais do próximo dia 14 de maio.