Bancos norte-americanos ganharam um bilião de dólares com juros elevados da Fed

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Os bancos norte-americanos obtiveram lucros extraordinários de um bilião de dólares com os dois anos e meio de taxas de juro elevadas da Reserva Federal dos EUA, num período em que não refletiram esta subida na rentabilidade dos depósitos.

Os bancos norte-americanos obtiveram lucros extraordinários na ordem de um bilião de dólares em dois anos e meia de juros elevados, de acordo com uma análise realizada pelo “Financial Times”, num período em que o sector financeiro não refletiu totalmente o aumento das taxas nos depósitos pagos aos aforradores.

Enquanto as taxas pagas em alguns depósitos foram aumentadas em linha com os juros da Fed, ficando acima dos 5%, a grande maioria, especialmente nos maiores bancos, como é o caso do JPMorgan Chase e Bank of America, tinham uma taxa muito inferior.

No segundo trimestre, os bancos norte-americanos estavam a pagar, em média, um juro anual de apenas 2,2%, de acordo com a análise do jornal. Esta percentagem fica 0,2% acima daquilo que pagavam há dois anos, mas muito distante da taxa de 5,5% da Fed. No JPMorgan e Bank of America, a taxa anual dos depósitos era de 1,5% e 1,7%, respetivamente.

Esta diferença entre aquilo que os bancos ganharam com os juros e as taxas mais baixas nos depósitos permitiu que o sector financeiro ganhasse lucros extraordinários de 1,1 biliões de dólares, segundo os cálculos do FT. Uma realidade diferente da da Europa, onde alguns governos impuseram taxas sobre lucros extraordinários aos bancos que beneficiaram da subida das taxas de juro.

Depois de o Banco Central Europeu ter avançado com a inversão da política monetária no início deste verão, foi a vez de o banco central liderado por Jerome Powell dar este passo esta semana. As taxas, que estavam há mais de um ano num intervalo entre 5,25% e 5,5%, desceram para 4,75% e 5%, recuando em 50 pontos base. Isto quando a maioria do mercado apontava para um corte de 25 pontos base.

Os economistas ouvidos pela “Bloomberg” consideram que os próximos dados económicos, nomeadamente sobre a inflação, vão suportar esta subida.

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